Klaxons: Relembrando um ícone da New Rave

Às vésperas de lançar novo disco, é hora de relembrarmos a importância para o estilo e os caminhos do grupo londrino até hoje

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Prepare-se, em breve a nostalgia irá bater forte. Se você costumava dançar ao som frenético e esquizofrênico dos rapazes da banda Klaxons, esteja pronto para uma quase volta aos primeiros anos da década de 2000, pois o trio (agora quarteto com a entrada do baterista dito “George”) está a poucos meses de lançar seu novo álbum, Atom To Atom – que sai em 9 de Junho. E, se desde 2010 estávamos sem material do grupo, nada melhor do que mergulharmos um pouco na rápida mas marcante vida dos londrinos para relembrarmos sua sonoridade e já nos ambientarmos para a energia do novo álbum.

Um dos principais nomes do New Rave/Electroclash/Dance Punk – estilos hiperbólicos e intensos que fizeram a trilha sonora de muitas pistas da segunda metade da primeira década do novo milênio – Klaxons é uma banda formada em 2005, na capital inglesa, por Jamie, Jamies e Simon que traziam uma sonoridade carregada de energia eletrônica, mas ainda munida dos instrumentos clássicos do Rock, mas com maior ênfase para os sintetizadores.

Apesar do primeiro disco, Myths of the Near Future, ter sido lançado em 2007, a banda já apresentava no ano anterior seus primeiros singles, Gravity’s Rainbow, Atlantis to Interzone e Magick, sendo os dois primeiros presentes no primeiro lançamento do grupo, o compacto Xan Valleys lançado em outubro de 2006. Poucos meses depois, as três faixas fariam parte do disco de estreia em longa duração.

Tais músicas foram cartões de visita para o público conhecer a roupagem dos rapazes para o estilo que estava tomando conta principalmente das casas underground de Londres e de outras cidades britânicas. Com linhas sujas de baixo, baterias intensamente atacadas em seus pratos e com chimbais fritados e os vocais agudos e quase que desesperados o grupo ajudava a fincar de vez a identidade de um estilo.

A boa recepção de fãs e críticas para Myths of the Near Future resultaram na vice liderança das paradas britânicas e no o Mercury Prize daquele ano. Assim, o despretensioso – por assim dizer – som dos rapazes ganhava notoriedade e acabava sendo de grande importância para sustentar a cena New Rave, que começava a se espaçhar pelo globo.

Porém, tal cena começou a se fragilizar e algumas bandas foram sumindo. E, mesmo Klaxons se mantendo firme, o segundo disco do grupo, Surfing the Void, lançado em 2010 já perdia as características do New Rave/Electroclash e caia mais para os lados do Indie Rock, com doses de Electro-Pop, como no single Twin Flames e um toque de Rock Progressivo, como na faixa homônima ao álbum.

Desse modo, o alucinado som do trio passava a ter um novo formato, mas ainda assim mantinha qualidade, e como se apresentava em um ano onde já se havia esfriado o boom da New Rave, a banda conseguiu se encaixar muito bem com sua nova sonoridade e figurou-se como presença em grandes festivais.

Agora, quatro anos desde o último lançamento, temos apenas alguns aperitivos do que esperar de Atom to Atom. Com apenas três faixas, uma homônima ao disco, There Is No Other Time e Children Of The Sun temos praticamente três estilos diferentes. A primeira faixa citada se foca mais em um eletrônico à la Steve Aoki – com quem a banda já fez parceria no álbum anterior. Já a segunda se mostra caída para o lado da Nu-Disco, enquanto a terceira, algo pelo Deep House.

Mesmo com as diferenças de sonoridade, tanto em relação ao primeiro quanto ao segundo disco, a expectativa fica principalmente por parte da produção de Tom Rowlands (The Chemical Brothers) e James Murphy (LCD Soundsystem. E, é claro, do talento dos rapazes que até agora, mesmo variando de som e podendo desapontar alguns fãs mais a pegados ao som raiz que faziam, não desapontaram em qualidade do que executavam.

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ARTISTA: Klaxons
MARCADORES: Redescobertas

Autor:

Marketeiro, baixista, e sempre ouvindo música. Precisa comer toneladas de arroz com feijão para chegar a ser um Thunderbird (mas faz o que pode).