Por que Você Deveria Estar Ansioso pelo Novo Disco de Death From Above 1979?

Dez anos após “You’re a Woman, I’m a Machine”, grupo finalmente anuncia seu sucessor

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Se essa pergunta do título fosse feita em 2005 ou 2006, a resposta seria a mais simples possível: “Porque é um novo disco do Death From Above 1979, oras!”. Mas dez anos se passaram desde que o grupo despontou e um refresco na memória se faz necessário para quem esqueceu a música do duo ou quem ainda não conhece essa dupla que está prestes a lançar seu segundo álbum, The Physical World, em setembro.

Em 2004, o duo canadense, formado por Sebastien Grainger e Jesse F. Keeler, lançou o inigualável You’re a Woman, I’m a Machine, primeiro e até então seu único disco, e logo depois deixou uma legião de fãs órfã quando se separou em 2006. É verdade que duplas formadas por baixo e bateria não eram novidade ali no começo dos anos 2000, mas certamente poucas delas conseguiam fazer isso aqui:

Unindo a agressividade e potencia instrumental (um baixo carregado no overdrive e uma bateria frenética) com letras carregadas de frustração, ciúme e dor após o fim de um relacionamento, o álbum parece ser um exorcismo de todos os demônios que sobraram com o rompimento e nada melhor que muito Noise e refrãos pegajosos para espantar esses fantasmas de vez por todas. You’re a Woman, I’m a Machine é mais um daqueles discos resultantes de um “pé na bunda”, mas não um como qualquer outro.

Buscando muito do Noise, Punk e Dance-Punk, a mistura sonora do duo resultava em algo sexy e dançante, mesmo que muito “barulhento” e carregado de raiva. Um mix agridoce que desafiava o ouvinte a não se balançar junto ao ritmo frenético das canções enquanto chorava pela mulher amada que partiu. Letras como “Now that its over this weight is off my shoulder / Now that it’s over I love you more and more” (You’re A Woman, I’m A Machine), “There’s blood on the shoes from all the people you stepped on” (Blood on Our Hands) e “I have never seen you suffer/ I will never hurt you, lover” (Going Steady) mostram bem esse encontro “divertido e doloroso”.

A continuação desse álbum é esperada desde meses depois de seu lançamento, mas Jesse e Sebastien decidiram em 2006 não tocar mais juntos e encerrar as atividades da banda. Nos anos que sucederam o rompimento, inúmeros outros projetos nasceram de um dos dois polos da banda (MSTRKRFT, Bad Tits, Sebastien Grainger & The Mountains, Femme Fatale, Black Cat No. 13 e o mais recente disco solo de Sebastien, Yours To Discover), mas nenhum sem o mesmo apelo ou qualidade visto em DFA1979.

Em 2011, o duo voltou para alguns shows pelo Canada e em festivais ao redor do mundo. A parceria deu tão certo que logo começaram a aparecer composições novas durante as apresentações (abaixo você pode ver três delas) e, é claro, especulações sobre um possível novo registro de estúdio do duo.

Demorou, mas finalmente a notícia de um novo disco do grupo veio a público. Na semana passada, muita gente foi pega de surpresa com um dos anúncios mais comemorados do ano. The Physical World chega às lojas em 9 de setembro e se isso por si só não fosse motivo de se estar ansioso, o duo liberou também trechinhos dos primeiros riffs e batidas de sua nova obra. E então, ansioso também?

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Apaixonado por música e entusiasta no mundo dos podcasts