Seis Colaborações Que Dariam Certo Na Música Eletrônica

Estas parcerias nunca aconteceram, mas seriam incríveis se rolassem

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Nos últimos anos, a cultura colaborativa vem crescendo de forma exponencial. Viram, ao juntar dois ou mais artistas, uma alternativa de aglomerar gêneros e somar públicos, fazer com que um som consiga chegar ainda mais longe. E não só isso, a experiência de se ouvir, se mesclar e se produzir ficou mais criativa, podendo se misturar Pop com Hip Hop, Hip hop com Dubstep, Dubstep com Trap, Trap com Funk, Funk com Bass e por aí vai.

Quando não se fala somente em gêneros, mas em artistas, conseguimos abranger ainda mais essa discussão. Conseguimos falar um pouco mais de identidade, de essências diferentes trabalhando juntas e fazendo acontecer. No caso da música Eletrônica, é ainda mais desafiador porque se trata, na maioria das vezes, somente de nível instrumental. E por mais que isso dificulte o processo, quem acompanha o trabalho e se envolve musicalmente com seus ídolos sabe exatamente o dedo de cada artista.

Contudo, o que pode ser determinante para uma boa colaboração? Vemos muito por aí artistas com muita afinidade pessoal que decidem montar um projeto que nem sempre decola (Jack U, de Diplo com Skrillex, está aí pra provar isso) ou até colaborações que saem diariamente e que não funcionam muito bem. Às vezes, há disputa de estrutura, ou os vocais não casam da melhor forma ou até o gênero não combina muito bem com o timbre, enfim, as possibilidades são infinitas.

Sem muitos critérios, regras ou limites, reunimos aqui algumas colaborações que dariam certo e que queriamos muito ver acontecer, seja em qual estilo for:

Chet Faker x Lianne La Havas x Chilly Gonzales

Depois de Built on Glass, ficou difícil imaginar Chet Faker sem uma carga emotiva tão grande. Pra iniciar a lista, impecável seria termos uma faixa colaborativa de uma mulher com Faker e por que não Lianne La Havas? Depois de um incrível EP com Boys Noize, Chilly Gonzales provou conseguir mesclar sentimentalismo das suas notas de piano com as sintetizadoras de Alex Ridha, tá na hora agora de criar o romance da dupla junto com Chet Faker.

Flume x Ryan Hemsworth

Ryan nunca precisou provar competência autoral e mesmo assim o fez. O canadense estourou com densos remixes que já justificariam essa colaboração, mas, depois de Still Awake e Alone For the First Time, só consigo imaginar uma junção com as sintetizadoras descompassadas de Flume. O R&B de Hemsworth poderia encaixar muito bem com a parte mais agressiva do australiano.

Rob Swire x Steve Angello

Aqui falamos de líderes. Rob Swire, que encabeça um dos projetos mais quentes da EDM atual Knife Party -, e Steve Angello, ex-Swedish House Mafia, poderiam revolucionar a música não só em uma faixa, mas quem sabe em um projeto. Ambos são um dos poucos que ainda se preocupam em fazer a EDM menos repetitiva e visam tendências pra manter o estilo vivo. Uma das alternativas pra isso é trazer o ritmo que Swire é mestre com a dança que Angello anda resgatando muito bem. Pensa no hit?

Kiesza x Rudimental

A queridinha do “Deep House” veio com tudo. Kiesza achou uma forma mais mastigável de trazer o gênero para as rádios: aproximando com o Pop. Mas a cantora é bem mais que isso. Que tal trazer as batidas mais marcadas do Drum’n’Bass para os vocais que já passaram Emeli Sandé e até MNEK? Com certeza, daria muito certo com Rudimental!

ODESZA x Bondax

O duo de Seattle vem ganhando cada vez mais espaço com sua estética delicada, simplista e emotiva, que vai muito de encontro com o que Bondax sempre fez. Não que os meninos evoquem muitos sentimentos, mas suas produções sempre permeam aquele perfeccionismo: faixas cheias de detalhes, na maioria das vezes otmimistas, animadas, cheias de camadas e vocais intensos. A maturidade do Bondax cairia muito bem com a ousadia jovem de Odesza.

Tujamo x GTA

Os reis da percussão poderiam muito bem juntar forças para movimentar a indústria no que fazem de melhor. Tujamo na estrutura criativa Electrohouse buzinada dando espaço para dois (ou quem sabe até três?) drops percussivos. Para um público que está muito acostumado com sintetizadores e pancadas de bumbo o tempo inteiro, esse pode ser um elemento que chame atenção e ganhe espaço no set dos maiores festivais do mundo.

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Autor:

Publicitário que não sabe o que consome mais: música, jornalismo ou Burger King