Toda terça-feira, o Monkeybuzz conversa com alguém para entender mais do seu trabalho e da sua música através das coisas que compõem sua vida – sejam discos, faixas, outras bandas ou o que quer que tenha ajudado a moldar sua estética e criatividade.
Três perguntinhas, sem enrolação, para…
Pedro Bonifrate (Supercordas e trabalho solo)
Quais foram os primeiros discos que você comprou?
“Não veio do meu bolso, mas lembro de ganhar o Please Please Me (The Beatles) em vinil quando tinha uns 8 anos. Eu mesmo pedi, porque queria o disco que tinha aquela música que o Ferris cantava na rua em Curtindo a Vida Adoidado. Comprar mesmo só em CD, e lembro que as primeiras coisas que escolhi foram bem feijão com arroz: Jimi Hendrix na BBC, o Led Zeppelin IV, o Dark Side Of The Moon, o primeiro dos Stones, com 12 ou 13 estava descobrindo essas coisas. Só fui me interessar por música contemporânea (no sentido literal) um pouco depois, quando eu escolhi o K do Kula Shaker porque a capa era bem louca”
Quais shows mais marcaram sua vida?
“Passei um tempo em Londres em 2001 e assisti a Super Furry Animals no Kentish Town Forum. Eles já eram minha banda favorita e foi um concerto completo e emocionante. O do Sonic Youth no Free Jazz de 2000 no Rio foi muito bom, porque me abriu pra diversas questões envolvendo o uso de guitarras que acho que ainda não tinham entrado na minha cabeça, e ainda teve a aparição surpreendente do Arnaldo Baptista no show de abertura do Sean Lennon. Acho que na edição seguinte do Free Jazz rolou uma noite com Grandaddy, Sigur Rós e Belle & Sebastian. Eu ainda nem era fã de B&S, infelizmente, mas surtei com os dois outros shows. O Caetano Veloso no Circo Voador, um dos primeiros com a banda Cê, também me marcou bastante”
Quais os filmes que você mais gosta?
“De volta para o futuro, Medo e delírio em Las Vegas, Terra em Transe e O Sétimo Selo”