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Toda terça-feira, o Monkeybuzz conversa com alguém para entender mais do seu trabalho e da sua música através das coisas que compõem sua vida – sejam discos, faixas, outras bandas ou o que quer que tenha ajudado a moldar sua estética e criatividade.
Três perguntinhas, sem enrolação, para…
Jair Naves
Pra você, o que não pode faltar em um bom disco?
“Paixão. É o que move os grandes artistas, é o que caracteriza as grandes obras de arte. O resto, por mais importante que seja, me parece secundário”
Qual o show mais marcante da sua carreira?
“Vou tomar a liberdade de escolher um para cada banda que passei, ok? São eles:
– Okotô abrindo para o Olho Seco em algum buraco da Lapa, no Rio de Janeiro, em 1999. O dia em que pude dividir um palco com uma das bandas da minha adolescência, quando eu ainda era adolescente, num dos cenários mais surreais em que já estive. Para mim, foi uma espécie de batismo de fogo. Definitivamente deixei de ser a mesma pessoa depois desse episódio.
– Ludovic no Goiânia Noise de 2005. O show mais caótico que já fiz. Faltam palavras para descrever o que foi aquilo. Até hoje há quem venha falar comigo sobre aquela apresentação. Procurem os vídeos no YouTube, eles dão uma pequena ideia do que aconteceu ali.
– Teatro do Sesc Belenzinho, janeiro de 2013, logo após o lançamento do meu disco solo. A primeira vez que minha mãe me viu tocar. Segundo ela, foi um dos dias mais emocionantes de sua vida. A noite em que o esforço de todos esses anos fez sentido”
Qual seu lugar preferido no mundo?
“Onde quer que estejam as pessoas que eu amo. Sei que parece piegas e eu juro que gostaria de ter uma resposta menos embaraçosa para a sua pergunta, mas já vivi o suficiente para saber que essa é a verdade”
