Se tem uma notícia que não teve como passar batida nos últimos dias foi a do anúncio que Beirut está de volta com um novo álbum, No No No. Caso você não tenha ficado sabendo, pode aproveitar pra comemorar. Já se você não deu muita importância pro fato por não conhecer a banda, eis uma boa oportunidade de inteirar-se no assunto.
Resumidamente, Beirut é o nome do projeto do californiano Zach Condon, que faz músicas (lindas) principalmente com influências de sons do interior da Europa, mas, como você pode deduzir, de uma maneira contemporânea e (melhor ainda) orgânica. Seu último disco foi The Rip Tide, de 2011.
No aquecimento para No No No, que sai em 11 de setembro, eis uma seleção de faixas inesquecíveis de Condon e sua banda, logo após a música que batiza o novo disco.
Postcards from Italy
A voz e interpretação de Condon são dois dos grandes motivos para o sucesso do grupo, e esta faixa é uma grande prova disso. “The times we had when the wind would blow with rain and snow were not all bad” são palavras que provavelmente teriam metade do impacto se cantadas por outro músico. Fora isso, toda sua progressão faz dela um belo exemplo do som que Beirut faz – além de emocionar fortemente qualquer fã da banda.
Santa Fe
A cidade-natal do líder do projeto dá nome ao principal single de The Rip Tide, que parece fazer uma ponte legal entre os trabalhos antigos do grupo e o que ouvimos em No No No. Não se iluda com as diferenças: Lá na segunda metade, quando mais instrumentos surgem, temos certeza de que estamos diante de um belo e autêntico som de Beirut.
Elephant Gun
Será que Beirut lançará algum dia um hit maior do que este? Olha, dificilmente, já que Elephant Gun conseguiu entrar pro repertório popular para muito além do público que acompanha a banda normalmente – e com motivo, já que ouvi-la sem fechar os olhos, levantar os braços e cantar junto é um verdadeiro desafio.
Nantes
“It’s been a long time, a long time now since I’ve seen you smile” – Zach Condon sabe mesmo conduzir a melancolia em suas canções, com figuras de linguagem fáceis de compreender e de se identificar. Melhor ainda quando isso vem de timbres tão ricos (com destaque – como sempre – para os instrumentos de sopro) em uma progressão tão agradável.
A Sunday Smile
Algumas de suas músicas acabam sendo mais “folclóricas” que as outras, como A Sunday Smile, que tem toda uma cara de um grupo cantando bêbado em uma taverna em uma cidadezinha do leste europeu. É meio “exótico” pra gente. Se você vencer essa barreira, porém, encontrará uma belíssima canção.
The Rip Tide
Um tanto mais convencional aos nossos ouvidos, a música que batiza seu álbum de 2011 é uma balada de beleza cativante, daquelas que ficam melhores a cada audição (ainda mais quando acompanhada do incrível clipe), para viajar mesmo. Mais uma amostra do potencial que Beirut tem de nos conquistar e mais um motivo para ficarmos ansiosos para No No No em 11 de setembro.
