Paparazzi, Ganância e Drogas: “Amy” Revela Artista que Só Queria Viver de Música

Filme será exibido no Brasil entre os próximos dias 26 e 29 de setembro

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“Love is a losing game” – As músicas que já tanto ouvimos de Amy Winehouse ganham novos sentidos em Amy, documentário que chega ao Brasil no dia 26 (domingo) na rede Cinemark, com distribuição da Universal Music. Nele, a figura da artista é comentada no lado pessoal pelos amigos e na persona dos olhos da mídia como também um exemplo do que a cultura de celebridades pode causar no indivíduo visto como objeto.

A direção de Asif Kapadia (o mesmo de Senna) aposta em mostrar a jornada de uma garota londrina que quer viver de música, acompanhando Amy desde os primeiros passos da carreira até seu falecimento em julho de 2011. O roteiro revela a história ao apresentar uma personagem complexa, cujas camadas são contadas aos poucos, assim como os antagonistas demoram a aparecer, tudo através de gravações pessoais de amigos, depoimentos de pessoas que acompanharam seu trabalho e trechos de programas de TV.

O espectador que sempre acompanhou a cantora através dos grandes meios tem sua perspectiva chocada pelo contraste de como sua vida era relatada na imprensa, principalmente com o incômodo constante da vigilância agressiva dos paparazzi – o que faz com que muito do repertório de informações que coletamos sobre Amy ao longo da década passada seja confrontado por um novo ponto de vista: o de dentro.

E esses acabam sendo os maiores méritos de Amy, tanto a chance de revisitar sua história, quanto o olhar crítico para esse lado da indústria cultural e o dinheiro investido (e arrecadado) com a vida dos outros. Todas as vezes em que ela é mostrada no início de carreira falando que não gostaria de ser famosa, ou que não daria conta da fama, é acompanhada de uma grande sensação de ironia no fundo da mente de quem assiste ao filme. Relembrar essas falas após o término do longa é de entristecer qualquer um.

Isso acontece principalmente por outro grande aspecto do documentário: A sensação de intimidade estabelecida com a artista desde o início. É algo voyeurístico, assim como é mérito do carisma e dos grandes olhos da artista, que tanto sorri e encanta a câmera não como a figura lendária que entrou para a história da música, mas como uma garota que, como alguém diz no filme, “só quer ser amada”.

Veja e nunca mais ouça Rehab do mesmo jeito. Para detalhes sobre a exibição no país, visite o site da rede Cinemark.

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ARTISTA: Amy Winehouse
MARCADORES: Documentário

Autor:

Comunicador, arteiro, crítico e cafeínado.