Melhores Drinks para os Melhores Discos

Um pequeno guia de acompanhamento etílico para alguns de nossos melhores álbuns do ano

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Há quase dois anos, aproveitando a ocasião de um feriado prolongado que se aproximava, resolvemos escrever um guia, um pequeno estímulo para você aproveitar, digamos assim, o melhor de sua sensibilidade sinestésica, sugerindo combinações entre alguns álbuns que se destacaram entre as nossas resenhas e algumas bebidas.

Pois bem, é chegado o ano novo e, com ele, nossa lista de melhores álbuns. Se você ainda não conseguiu acompanhar os nossos destaques do ano que se passou, resolvemos dar mais uma ajudinha. Prontos?

Sangria para Lianne La Havas

Embora a artista tenha apostado em sua estreia em um terreno mais melancólico e chuvoso, em seu álbum de 2015, intitulado Blood, La Havas resolveu investir em sua herança tropical. Suas raízes sanguíneas, familiares, espirituais e artísticas combinam muito bem com a leveza e a refrescância de uma Sangria, além, é claro, da óbvia relação entre o nome do disco e da bedida. Vinho tinto, frutas cítricas à sua escolha e algumas ervas aromáticas são o acompanhamento perfeito para o Neo Soul sofisticado da artista.

Screwdriver para Battles

A mecanicidade do Math Rock de Battles é o principal fator pelo qual escolhemos o drink batizado de “chave de fenda” como aperitivo para La Di Da Di. Mas não precisamos parar por aí, sua estrutura assertiva de poucos elementos que, misturados, parecem extrair uma essência única condizem com a simplicidade eficiente do suco de laranja misturado com a vodca. Cuidado com exageros, senão a “náusea vertiginosa” vai acabar sendo mais do que uma sensação auditiva.

Brandy Alexander para Benjamin Clementine

A gravidade vocal de Clementine que se manifesta de forma aveludada condiz perfeitamente com os teores robustos do Brandy Alexander. Conhaque, licor de cacau, creme de leite e noz moscada são envolventes e encaixam perfeitamente com climas frios e noites aconchegantes embaladas por At Least For Now.

Jelly Shots para Tame Impala

Ok, Jelly Shots podem não ser considerados drinks, mas não é difícil imaginar um shot de vodka disfarçado com gelatina como um correlato ideal para Currents. Colorido, azedo, altamente entorpecente são adjetivos que servem muito bem ao aperitivo quanto ao Pop Psicodélico recheado de sintetizadores dos australianos.

Manhattan para Beach House

Beach House parece trazer em Depression Cherry uma união perfeita entre intimidade, conforto, tranquilidade e melancolia. Por isso, escolhemos como seu acompanhante a textura bitterswett do Manhattan, que leva bourbon, um vermute vermelho e, é claro, algumas gotas de bitter. Não se esqueça, obviamente, de decorar com uma cereja.

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Autor:

é músico e escreve sobre arte