Oberhofer: “Faço música porque amo, não porque é meu trabalho”

Brad Oberhofer, cabeça do projeto, fala ao Monkeybuzz sobre o relançamento de “Chronovision”

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“Quero escrever as músicas que saem de mim naturalmente, consciente de que a maioria dos humanos acabam passando por situações parecidas, daí, quando canto sobre mim, canto de uma forma consciente de que isso não acontece não só comigo, mas com todos também”, contou Brad Obrehofer – cabeça do projeto Oberhofer – por telefone ao Monkeybuzz.

O músico promove o relançamento de seu álbum Chronovision, de 2015, agora em uma versão de luxo com um disco a mais, que traz demos e outras músicas que acabaram ficando de fora da seleção “oficial”. “Achei que o segundo disco com as demos adicionava um novo capítulo, que pintava uma pintura mais completa com as outras músicas do disco”, revela Brad”, “e eu estava orgulhoso dessas músicas, mas não senti que elas se encaixavam bem no álbum”.

Seu trabalho chamou a atenção primeiro em 2013, com o lançamento de Notalgia. ” Quando você é muito novo e acabou de assinar um contrato com um selo, a maneira com que a indústria e os fãs se aproximam de você é muito diferente, porque estão te escutando pela primeira vez, todos querem ser os primeiros a ouvir algo”, conta, “fazendo Chronovision, eu achei que tinha muita pressão e levou muito tempo para não sentir assim, para libertar minha mente disso e apenas fazê-lo”.

Ele adianta que, mesmo com o relançamento do álbum, ele já prepara terreno para um próximo. “No terceiro disco, sinto que estou entrando nessa sem colocar essas expectativas em mim mesmo, sem colocar pressão em nada. Já estabeleci a mentalidade de que eu faço música porque amo, não porque é meu trabalho”.

Essa paixão influencia diretamente seu modo de trabalho, já que Brad cria de uma forma mais orgânica e sensível tanto as melodias, quanto as letras: Às vezes, eu sei o que quero, eu ouço um som na minha cabeça e tenho que descobrir como reproduzi-lo. Ajuda estar rodeado de instrumentos para eu poder colocar a melodia em prática e achar os sons certos. Em outras vezes, eu não sei qual som é o certo, então toco vários instrumentos até encontrar um que eu goste”.

“Ao redor do mundo, sei que há pessoas sensíveis, que refletem sobre suas emoções, e há também pessoas que julgam negativamente quem faz isso. Mas eu quero escrever as músicas que saem de mim naturalmente, consciente de que a maioria dos humanos acabam passando por situações parecidas, daí, quando canto sobre mim, canto de uma forma consciente de que isso não acontece não só comigo, mas com todos também”.

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ARTISTA: Oberhofer
MARCADORES: Entrevista

Autor:

Comunicador, arteiro, crítico e cafeínado.