Sophie Ellis-Bextor: “Quero que tudo o que eu faça seja autêntico e verdadeiro”

Artista comentou ao site sobre seu mais recente álbum, “Familia”

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Dentro de uma música Pop em constante evolução, a figura de Sophie Ellis-Bextor permanece como a de uma cantora que aposta em criar a arte que deseja sem precisar seguir nem o estereótipo da popstar, nem cair em um lado-B freak. Ela faz sons no geral dançantes que valorizam seu belo vocal sem perder sua característica mais humana.

Mãe de quatro filhos, Sophie conta que busca as crianças na escola e como isso nutre sua criatividade – um cenário bastante distinto das tais estrelas que o gênero fabrica no mainstream hoje em dia. Isso ajuda a explicar também o título de seu mais recente álbum, Familia, sobre o qual a cantora conversou ao Monkeybuzz por telefone.

Ela comentou que queria que o disco fosse mais “colorido” que o anterior. “Wanderlust não era dançante, não tinha nada Disco, tinha um clima mais do leste europeu”, explica ela, “quando me reuni novamente com Ed Harcourt (produtor do álbum), conversamos sobre como trazer elementos novos e um aspecto diferente. Fui ao México, experimentei novas cores. Decidimos que queríamos usar mais Disco, mais synths, algo que fosse poderoso, mas que ainda tivesse a mesma empatia de Wanderlust”.

“Meu primeiro álbum tinha muitas cores, assim como esse”, continua, “para mim, foi como poder concluir um ciclo”. Sophie comenta ainda para ela é importante poder revisitar seu passado, já que ele carrega tanto do que ela ama. Por isso, não é de se estranhar a decisão de ter Come with Us como single principal da obra, já que o clima traz um pouco de seu maior hit, Murder on the Dancefloor, que trouxe a artista para a evidência em todo o globo.

Ao ser perguntada sobre a coesão em sua obra, ela respondeu: “Quero que tudo o que eu faça seja autêntico e verdadeiro, que tenha continuidade e consistência. Sempre adorei música Pop e compor. Não quero fazer um desserviço a esse universo. É uma questão de estar feliz com o que está fazendo, isso é importante para mim”.

“Acho que é mais o caso de saber quando ouvir os outros e quando fazer o que te parece melhor”, ela respondeu quando perguntada sobre a dificuldade de manter-se autêntica em tudo o que faz, o que pode ser complicado após uma década e meia de carreira. “Pode ser difícil saber o que vai funcionar”, conta ela, “se você já fez sucesso, é difícil seguir seu instinto sem duvidar, sem questionar o que as pessoas gostam e o que você deveria repetir ou fazer diferente. Mas isso acontece com todo mundo. Não é tão difícil ser verdadeiro consigo mesmo se você está nessa mentalidade, é uma questão de saber para onde olhar”.

Bem humorada, ela brinca que “já passou da hora” de vir ao Brasil, embora não tenha informações sobre uma apresentação em nosso solo, algo que ela nunca fez. Enquanto isso, os brasileiros ficam com Familia e toda a discografia de Sophie Ellis-Bextor, uma artista que investe em autenticidade sem apelação.

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MARCADORES: Entrevista

Autor:

Comunicador, arteiro, crítico e cafeínado.