Tantas Coisas com Apolo

Rapper revela artistas influentes, bons shows e processo de composição

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Nós já ouvimos as músicas, agora é a hora de conhecermos um pouquinho mais sobre as pessoas por trás dos discos que tanto ouvimos. No Tantas Coisas, os artistas revelam ao Monkeybuzz detalhes de suas histórias, suas carreiras e predileções, tudo sem enrolação.

Apolo

(Rapper ex-membro do grupo Pentágono lançou recentemente seu primeiro álbum, Apologia, com participações de Rashid e Criolo, entre outros)

Quais artistas mais te influenciaram a seguir carreira na música?
“São muitos. Desde pequeno, a música é muito presente na minha vida. Apesar dos meus pais e ninguém da minha família trabalhar na área efetivamente, a música era presente no meu cotidiano, porque eles sempre foram admiradores. As primeiras lembranças que eu tenho são de samba: Bezerra da Silva, Moreira, Dicró, entre outros nomes. Mas meus pais não se limitavam a isso, eles eram bem ecléticos ao mesmo tempo, gostavam de Rod Stewart e uns caras da antiga. Mas o nome determinante para me fazer interessar por música, com certeza, foi Michael Jackson. Depois de adulto, obviamente, eu fui influenciado por vários caras do Rap, como Racionais, RZO, SNJ… Esses caras que revolucionaram, pavimentaram a via, para o Rap ser o que ele é hoje. Uma pessoa que eu me inspiro diariamente é o Dr. Dre, pois, além de rapper, ele também é produtor. Assim como eu sou. Acho ele é um visionário”

Para você, o que não pode faltar em um show?
“Eu amo show, frequento muitos. Acho que o principal fator é a performance, como um todo. Porque se for só pra ouvir, as pessoas escutam o disco em casa, certo? Então, além de ter uma música boa, o artista precisa saber cativar o público, falar com o pessoal, agitar a noite. Tem gente que não gosta de artistas que animem a plateia, pedindo pra colocar as mãos pra cima, por exemplo. Eu, particularmente, curto. Tem que tentar animar, é o papel dele fazer isso, entreter com a sua arte e com a sua pessoa. Entender que o show é uma troca. Fora isso, tem os efeitos especiais, que dependendo do estilo da atração, eu acho bem louco também. Agrega pra caralho, porque você se comunica não só pela letra e vibe, mas também visualmente”

O que você gosta de ter por perto quando está compondo?
“Comigo é bem variado, na verdade. Mas o que eu preciso é um pouco de paz, não consigo fazer no meio da bagunça. No meio do camarim ou no rolê, eu não consigo. Posso ter uma ideia, mas eu só consigo compor mesmo quando eu estou quieto. Até quando eu faço música em estúdio, e eu estou com outras pessoas, eu tento me isolar um pouco e fazer um momento bem meu mesmo. Mas no geral, acontece de várias maneiras e lugares diferentes. A noite é um pouco mais fácil, eu acho. Eu me sinto bem mais produtivo pra escrever durante a madrugada. Mas às vezes de manhã, eu tenho boas inspirações. Inspiração tem todo dia, o tempo todo. A vida me inspira a escrever. Só é difícil parar e passar para o papel”

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ARTISTA: Apolo
MARCADORES: Tantas Coisas

Autor:

Comunicador, arteiro, crítico e cafeínado.