Os 5 discos mais influentes lançados há 10 anos

Depois de uma década, os sons que estes cinco álbuns trabalharam em 2002 continuam vivos nas músicas de bandas que tanto curtimos. Dê um play na sua memória e relembre alguns grandes lançamentos daquele ano

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Se lembra do que dominava as paradas dez anos atrás? Muito Nu Metal, o começo da versão pop do Emocore, o declínio das Boy Bands e muito Rap. 2002 não começou tão bem para a música alternativa, com os discos mais influentes lançados somente no segundo semestre, mas essa demora com certeza valeu a pena.

A influência deles é sentida até hoje, já que muito desses cinco discos está presente nas gravações de hoje em dia. Muito dos elementos de cada um deles influenciou novos artistas a seguirem seus próprios caminhos ou até mesmo a recriar a experiência dos álbuns em questão. Por isso, o Monkeybuzz fez uma lista dos cinco álbuns mais influentes na época.

Como em toda seleção, é claro que alguns bons títulos ficaram de fora da lista, como The Big Come Up do The Black Keys e Yankee Hotel Foxtrot do Wilco, nomes que marcaram a época, mas não foram tão influentes quanto estes cinco. Então vamos lá, ative o play na sua memória e relembre estes ótimos trabalhos.

Belle & Sebastian – Storytelling

Meio do ano, 1º de Junho. Não tem como dizer que o Indie Pop começou ali, mas o que surgiu depois de 2002 nesse estilo foi claramente influenciado pelo Storytelling. Mesmo não fazendo quase nenhum sucesso comercial, a banda tem um papel importante no Indie Pop dos 2000 por ter sido um dos grupos que mais ajudaram a trazer o estilo “retrô fofinho” às paradas. Sem eles, hoje em dia, não teríamos a Zooey Deschanel e seu She and Him, Wild Moccasins, Takka Takka e Taken by Trees, além de muitos outros.

The Flaming Lips – Yoshimi Battles the Pink Robots

Em julho daquele ano, o décimo disco do The Flaming Lips, fez com que o rock psicodélico alternativo da banda ganhasse um toque eletrônico. Podemos dizer que sem eles hoje não existiriam bandas como MGMT, Secret Machines e mesmo Bon Iver, além de terem aberto caminho para sons como o que o Radiohead faz muito hoje em dia.

Interpol – Turn On the Bright Lights

Três quartos do ano já foram e eis que surge Turn On The Bright Lights. O poderoso debut do Interpol ajudou a legitimar o Post Punk Revival que já estava engatinhando desde o ano anterior. Na época, o gênero foi chamado de a volta do Rock, visto que ele andava sumido das paradas desde o grunge. O quarteto de Nova York fez ótimo resgate ao Post Punk e New Wave dos 80, som que estava sumido na época. A banda fez um dos grandes discos do ano, sendo considerado o melhor pelo Picthfork e também serviu de influência para muita gente que veio depois, entre eles White Lies, Editors e Doves.

Spoon – Kill the Moonlight

Também em agosto, Kill the Moonlight foi um dos maiores lançamentos daquele ano. Voltando ao Indie Rock simples, rápido e preciso, o Spoon fez um álbum que soa Pop, Alternativo e Indie ao mesmo tempo. The Maccabees, Vampire Weekend e Hockey se impregnaram desse conceito de rock simples e pegaram um pouco do espírito do disco. Até mesmo Stephen Malkmus, ex-Pavement, pega emprestado desse álbum um pouco do Indie cru que faz.

The Libertines – Up the Brackets

Chegamos a Outubro, dia 14 pra ser mais específico. Up The Brackets, marca a volta ao Rock and Roll com um Garage Rock e pitadas do Punk no som do The Libertines, que se mostra bem sujinho, tudo o que 2002 precisava. Eles também foram apontados como a salvação do Rock – o que, é claro, não deu certo, já que em pouco tempo a banda acabou. O som deles surpreendeu muitos e chocou outros, mas com certeza foi um dos discos mais importantes da época. Entre seus maiores seguidores estão Arctic Monkeys (que acabou se tornando bem maior que o próprio Libertines), Tribes, Mumm-Ra, The Fratellis, entre inúmeras outras.

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Apaixonado por música e entusiasta no mundo dos podcasts