Glass Animals: “Queremos dar às pessoas a oportunidade de dançar e de se divertir”

Banda comentou show no Lollapalooza Brasil 2017

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Em um dia de Lollapalooza com atrações variadas como Cage the Elephant, The xx e Metallica, uma banda se destacou por trazer um som ainda mais diferente das demais no fim de semana: Glass Animals precisou conquistar seu espaço na atenção do público que estava lá para ver especificamente seus favoritos, quaisquer que eles fossem. A missão, segundao a banda, foi cumprida. Felizes por terem tocado no autódromo da cidade de Ayrton Senna, os integrantes do grupo britânico conversaram com o Monkeybuzz dias após o show sobre essa que foi sua primeira experiência de tocar no Brasil.

“É interessante perceber como os públicos são diferentes de lugar para lugar, de um grande festival de dia para um show à noite, ou em um clube pequeno para poucas pessoas”, os ingleses comentaram, “e isso que é legal para as bandas em um festival: Você precisa cativar aquela plateia em um período curto de tempo, sendo que muitos ali nem sabem quem você é. Isso te faz ir além, dar o seu melhor sempre, porque você tem a oportunidade de impressionar as pessoas que estão andando em frente ao palco, fazer com que elas virem e ouçam seu som em apenas poucos segundos”.

O show que Glass Animals fez foi cedo, às 15h20, um horário também desafiador por isso, quando alguns ainda estão chegando e não entraram no clima (“é a oportunidade de dar início à festa das pessoas”). E muito foi comentado sobre como parte do público que chegou cedo para pegar lugar e ver The xx ou Metallica de perto se deixou levar pelo som do quarteto (“mas não acho que temos tantos fãs em comum com Metallica”, brincam).

“Nosso trabalho é lidar com todos os fatores externos e, ainda assim, fazer nosso melhor para que as pessoas curtam muito”, disseram, “o que mais queremos é dar às pessoas a oportunidade de dançar e de se divertir, e mostrar como as músicas ao vivo são diferentes das gravadas” – tal diferença é explicada no caso das músicas de How to Be a Human Being (2016), que, segundo a banda, possuem “uma questão espontânea, de jam, uma atenção especial para fazer coisas diferentes com os instrumentos”. “Sempre soubemos que o disco seria traduzido de maneira diferente para o palco”, explicam, “o primeiro disco tinha uma base maior nos synths”.

“Estamos sempre tentando melhorar as músicas, e isso nos anima bastante”, diz Glass Animals, “acho que, se você vê uma banda que está feliz no palco, você também se anima. É uma relação recíproca entre a banda e a plateia, tem vezes que você chega no palco e o público te contagia, enquanto em outras você precisa conquistá-lo – como em festivais como o Lollapalooza”.

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Autor:

Comunicador, arteiro, crítico e cafeínado.