Tantas Coisas com Victorino

Músico comenta discos que mais ouviu, boa música e livros preferidos

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Nós já ouvimos as músicas, agora é a hora de conhecermos um pouquinho mais sobre as pessoas por trás dos discos que tanto ouvimos. No Tantas Coisas, os artistas revelam ao Monkeybuzz detalhes de suas histórias, suas carreiras e predileções, tudo sem enrolação.

Victorino

(Como apontado na seção Ouça em dezembro, o cantor e produtor gaúcho desenvolve um estilo próprio de misturar suas referências mais múltiplas em um som Eletrônico e bastante brasileiro, como mostra o novo single, Mestre Sala)

Quais os discos que você mais ouviu na vida?
“Esta pergunta é quase que como um divã, te joga lá pro inconsciente infanto-juvenil! São fases, como tudo na vida: ouvi muito Please Please Me (The Beatles) quando adolescente, assim como Bringing It All Back Home (Bob Dylan) e Bad (Michael Jackson). Depois, a fase da tríplice trindade começou – Fleet Foxes (Fleet Foxes), Till The Sun Turns Black (Ray Lamontagne) e For Emma, Forever Ago (Bon Iver) – ouvi esse três álbuns ininterruptamente por meses, com brechas para The Eraser (Thom Yorke), Five Leaves Left (Nick Drake) e Thinking in Textures (Chet Faker). Puts!, vou ter que colocar um desses álbuns pra tocar agora!”

Para você, o que faz uma música ser boa?
“Em primeiro lugar, música e canção andam juntos pra mim. Sem canção, eu ultimamente não tenho parado pra ouvir. A letra tem que envolver – ou tem que ser muito íntima para se desenvolver em outros cantos ocos do peito. Sun Kil Moon é um bom exemplo disso… O último álbum dele é espetacular! É repleto de arranjos incomuns na maneira de colocar a junção letra/poesia+música, em uma equação onde o “x” é o sentimento daquilo que ele está dizendo, sem muita preocupação com fechar compassos e métricas. Por que não dizer que o álbum será tido como um dos precursores de um novo momento na música cancioneira? Eu já entrei na vibe

Quais os seus livros preferidos?
“Li bastante também, então seria uma pergunta difícil de responder com precisão. Vou pelo histórico recente, mais legal: Valter Hugo Mãe, li três dele e achei fantástico. Depois tem os textos de Frued, Jung e Lacan, psicanalistas que me acompanharam por muito tempo, tanto na graduação em Música quanto em Psicologia. Psicologia das Massas e Análise do Eu, do Freud, foi o texto que me introduziu nesse universo. A lista não para, mas a memória não alcança… fico por aqui pra não mentir! (risos)”

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ARTISTA: Victorino
MARCADORES: Tantas Coisas

Autor:

Comunicador, arteiro, crítico e cafeínado.