Nós já ouvimos as músicas, agora é a hora de conhecermos um pouquinho mais sobre as pessoas por trás dos discos que tanto ouvimos. No Tantas Coisas, os artistas revelam ao Monkeybuzz detalhes de suas histórias, suas carreiras e predileções, tudo sem enrolação.
Washed Out
(Ernest Greene voltou ao Brasil para show no Balaclava Fest, no primeiro fim de semana de novembro, e respondeu estas perguntinhas para o site, com quem já havia batido um papo cerca de duas semanas antes, além de ter conversado em vídeo no dia da apresentação)
Para você, o que faz uma música ser boa?
“Eu sempre curto sentir que aquilo é algo que eu nunca ouvi antes, o que acontece só muito raramente. É fácil cair nos mesmos truques, tentar repetir uma fórmula de sucesso, e eu não curto isso. Tem a ver com o fato de que eu acho que o trabalho fica sempre melhor quando rola um erro, ou quando você tropeça em uma ideia inesperada. É importante abraçar o inesperado. Então, no fim das contas, acho que o que faz uma música ser boa é que ela tenha alguma identidade própria”
Quais artistas mais te influenciaram na decisão de fazer música?
“Quando comecei a compor, eu escrevia de modo quase obsessivo, mas sem nenhuma ambição, até porque não conhecia ninguém no mercado musical. Era meu maior hobby, minha maior paixão. Eu tinha uns 18, 19 anos, e tudo o que eu fazia parecia com o que quer que eu estivesse ouvindo na época. Tive uma grande fase Radiohead. DJ Shadow foi o artista de maior influência que consigo me lembrar, teve um tempo que eu imitava bastante seu som. Tive muitas fases, mas é aí que você encontra o seu som”
O que você costuma ter contigo quando trabalha em novas músicas?
“Eu tenho um pouco de TOC na hora de arrumar a minha mesa e coisas assim (risos), mas nesses últimos anos – inclusive na produção de Mister Mellow -, tenho feito tudo no laptop, sem usar muito equipamento, não tenho esse fetiche. Gosto de poder fazer música onde eu estiver, quando eu quiser. Acho mais produtivo trabalhar um pouco a cada dia, ao invés de esperar a inspiração chegar. Por isso, eu sempre tenho meu computador comigo”