Entrevista: Sondre Lerche

Músico norueguês retorna ao Brasil para dois shows, no Rio (30) e São Paulo (01/12)

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A semana em que Sondre Lerche esteve no Brasil em 2015 será sempre lembrada com carinho pela equipe Monkeybuzz. Em parte porque ele entregou um show apaixonante e apaixonado naquele Popload Festival, mas também porque o papo que ele bateu com o site foi um daqueles momentos muito especiais quando um artista se mostra mais como pessoa do que como a figura que vemos no palco.

Dois anos depois, com um novo disco no repertório (o colorido Pleasure, o músico norueguês, fã de música brasileira, falou ao site por email às vésperas das novas apresentações que fará no país, como parte do evento NorksFest, no Rio de Janeiro (30/11) e São Paulo (01/12) – você encontra as informações ao final da entrevista.

Monkeybuzz: Quando você esteve no Brasil há dois anos, conversamos sobre como Please saiu depois de um tempo difícil na sua vida, e parece que Pleasure – e o próprio nome entrega isso – é um produto de uma época de maior alegria, mais leveza. Como foi compor essas músicas?
Sondre Lerche: Em diversas maneiras, Pleasure, para mim, é o resultado de tempos ainda mais intensos, mas expressa intensidades mais imediatas e menos sutis – lascívia, ressentimento, alegria, vazio. Então, é certamente mais alegre, mas também mais obscuro, de alguma forma. Pleasure é complexo, acho. Please era a tentativa de entender, e Pleasure é o não querer entender, o que pode ser alegre por um certo tempo, mas isso é uma sensação temporária. Eu estava no meio das gravações de Pleasure quando vim ao Brasil em 2015. Foram duas semanas de muita alegria, então sempre me lembro do país quando penso nessas músicas.

Mb: Se distanciar da época mais triste te encorajou a a uma liberdade maior no estúdio para experimentar mais?
Sondre Lerche: Há em Pleasure um forte senso de liberdade e de libertação, de querer fazer tudo que é divertido naquele momento. É um espírito que começou com Please e continuou a se desenvolver enquanto eu excursionava com o álbum. Eu continuava a escrever e a gravar, e eu sabia que podia ir mais longe, ser mais ousado e me divertir mais, ser mais “sem vergonha” e livre no meu trabalho. Um dia, eu acordei e saquei que ele deveria se chamar Pleasure. Daí, fui ao Brasil.

Mb: Como tem sido a resposta do público para Pleasure? Como as pessoas têm entendido sua mensagem?
Sondre Lerche: Parece que muitos dos meus seguidores precisavam desse chute de energia, e da sensação libertadora que esse meu disco e sua turnê oferecem. É bastante recompensador e animador, os shows têm sido cada vez mais loucos, energéticos e intensos. É como se dançássemos até tirarmos de dentro nossos medos e mágoas, o que me dá também espaço para revisitar velhas músicas sob uma nova luz. Os shows que fizemos nesse ano foram os melhores da minha vida. Tenho muito orgulho da experiência que estamos dando aos fãs, e sou muito grato de ver que as pessoas estão felizes com isso.

Mb: Quais são suas melhores lembranças de estar no Brasil?
Sondre Lerche: Bem, nossa noite na praia no Rio, tocando músicas no escuro, quase sendo presos pela polícia por nadarmos pelados, foi mágica. Foi lindo conhecer tantos seguidores da minha música lá, naquele ambiente. O Brasil foi uma grande aventura para mim, e ela finalmente continua agora!

Mb: Agora que você conhece as pessoas e as cidades, o qu espera dos novos shows por aqui?
Sondre Lerche: Serão nossos últimos shows do ano, tocamos mais de 100 apresentações de Pleasure em 2017 e estamos melhores do que nunca, estamos fazendo coisas no palco que nunca achamos que conseguiríamos fazer. Minha banda nunca foi melhor, o repertório nunca foi melhor. É tudo muito divertido, muito intenso. Espero poder compartilhar meu som com o maior número de pessoa, e todos estamos muito gratos de poder voltar ao Brasil. Meu tecladista, Alexander von Mehren, também é fã de música brasileira, especialmente de Marcos Valle. Alex também vai tocar um show solo em cada uma das noites, vale a pena ver esse também.

NorskFest Rio de Janeiro: Sondre Lerche e Greni no Teatro Rival Quando: 30/11 Onde: Teatro Rival Endereço: Rua Álvaro Alvim, 33 – Cinelândia, Rio de Janeiro Horário: 18h30 Ingressos: R$90 (inteira) R$45 (meia entrada) Venda online: Queremos

NorskFest São Paulo:
Sondre Lerche e Greni no Bar da Avareza Quando: 01/12 Onde: Bar da Avareza Endereço: Rua Augusta, 591 – Consolação, São Paulo Horário: 19h Ingressos: R$90 (inteira) R$45 (meia entrada) Venda online: Queremos

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ARTISTA: Sondre Lerche
MARCADORES: Entrevista

Autor:

Comunicador, arteiro, crítico e cafeínado.