Cigarettes After Sex: “Senti que precisava fazer o som que eu mais acreditava para a minha mensagem”

Greg Gonzalez comenta a vinda ao Brasil e a conexão que consegue estabelecer com o ouvinte

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O que aconteceu quando o Monkeybuzz anunciou que traria Cigarettes After Sex ao Brasil só pode ser descrito como uma grande comoção na Web causada por uma rede de fãs do som que Greg Gonzalez faz. A poucos dias do show no país, ele abriu alguns minutos em sua disputadíssima agenda para comentar sobre essa sua primeira vinda a São Paulo.

“Vai ser ótimo conhecer mais da cidade”, ele comentou, “já faz muito tempo que queremos ir. “Antes da banda crescer em reconhecimento, eu já recebia emails de fãs no Brasil falando que adoravam as músicas, então eu sempre quis que isso rolasse o quanto antes. Depois que o grupo cresceu de vez, parecia que recebíamos mensagens de brasileiros a cada cinco segundos. Recebemos muito amor do país, que bom que finalmente vamos poder tocar aí, depois de tanto tempo”.

Essa fama que Cigarettes After Sex atingiu tem muito a ver com duas questões, a primeira delas sendo justamente esse diálogo possível através da Web. “Acho que a maneira com que fizemos esse sucesso foi muito ‘moderna’, tendo muito mais a ver com redes sociais do que com rádio ou um trabalho de relações públicas”, comentou Greg, “as pessoas basicamente curtiram e compartilharam – ‘viralizou’, como dizem, o que é muito diferente do que eu esperava. Eu sempre vi vídeos e memes virais, mas nunca imaginei que isso aconteceria com minha música também”.

O que também foi determinante para esse sucesso é a conexão que ele e sua banda conseguem estabelecer com o ouvinte em um nível bastante pessoal: “Muitas dessas músicas foram feitas para uma pessoas específica, então é como se eu estivesse falando com ela de uma maneira bastante íntima. Acho que isso ajuda a passar essa vibe mais íntima”.

Sobre a identificação que as pessoas têm com seu trabalho, ele comenta que é “a mesma coisa quando eu ouço todas essas músicas que significaram algo tão especial para mim em diferentes épocas da minha vida, tive experiências muito pessoais com elas. É ótimo que eu possa ter essa conexão com a música que eu amo e que possa dar agora essa oportunidade para outra pessoa. Que bom que a arte funciona como esse ciclo de inspiração”.

Falando mais sobre esse tal ciclo, Greg comenta que a estética que Cigarettes After Sex trabalha – como a que percebemos em seu álbum homônimo – surgiu em meio à sua inquietação como ouvinte: “Ouço do Hip Hip ao Clássico, também Metal, trilhas de videogame… eu começo a pesquisar uma ideia e vou de um artista para o outro. É muito legal ver aonde uma banda pode te levar se você começa a pesquisar as outras que a cercam”.

“Sempre ouvi músicas muito diferentes, mas principalmente de bandas mais vanguardistas. Em um certo ponto, eu senti que precisava fazer o som que eu mais acreditava para a minha mensagem”, explica ele, “a intenção é o som ser mais reservado, mas as letras terem muito significado, porque elas são muito pessoais para mim. Que bom que não precisamos quebrar a cabeça de ninguém para que elas comuniquem algo, é bom que isso seja algo que vem de dentro”.

Após duas apresentações na Índia, Cigarettes After Sex chega ao Brasil nesta quarta, 13 de dezembro, para show único no Cine Joia, em São Paulo. Enquanto nós como público teremos essa experiência de conexão íntima com as letras e o som de Gonzalez, ele aproveitará para conhecer mais da nossa música: “Sou muito fã de Gal Costa – Baby é uma das minhas músicas favoritas -, também Os Mutantes e toda a Tropicália. Fui muito influenciado por música brasileira, principalmente por Astrud Gilberto, que é uma grande cantora”.

Monkeybuzz apresenta Cigarettes After Sex

Data: 13 de dezembro Local: Cine Joia (Praça Carlos Gomes, 82 Sé – metrô Liberdade), São Paulo-SP Abertura da casa: 20h Ingressos: 1º lote – 140 reais (inteira), 70 (meia) Vendas online: Livepass Evento: Facebook Classificação: 18 anos

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MARCADORES: Entrevista

Autor:

Comunicador, arteiro, crítico e cafeínado.