Exclusivo: O Pop Cintilante de Tali on Pills

Universo feminino e amor-próprio embalam primeiro EP da cantora com produção de Lucas de Paiva

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Fotos: Vida Fodona

Em doses nada homeopáticas. Desse jeito exagerado, a cantora Natalia Garcez resolveu ilustrar seus dilemas pessoais no projeto autoral Tali on Pills, cujo primeiro EP deverá ser lançado de forma independente, em abril deste ano. “Eu digo que eu canto Pop cintilante porque é feito com synth. Mas também é um som brilhante, radiante. É como se esse pop quisesse conduzir o ouvinte a fazer você se apaixonar por si mesmo. Fazer se sentir sexy consigo próprio”, afirma à reportagem do Monkeybuzz.

Sob o nome Eletricidade, o EP é o primeiro da artista, produzido por Lucas de Paiva, do selo 40% Foda Maneiríssimo, Séculos Apaixonados e cara metade no duo Opala. Ele já produziu SILVA e tem trampos com Mahmundi. O músico Guerrinha completa o time.

São três faixas, sendo que uma é releitura do clássico Você para Mim, de Fernanda Abreu, que apresentamos aqui com exclusividade.

“JGB fez um remix de uma das faixas, Disfarce, que dialoga com uma pesquisa musical com batidas mais quebradas, cheias de groove, muito Electro e Breakbeat. Isso conecta com o que estou ouvindo mais atualmente. Adoro tocar com ele. Volta e meia, fizemos umas jam sessions. Eu amo isso na música Eletrônica: a rapidez com que um processo musical pode ter resultado. O fato de fazer um improviso e aquilo rapidamente tomar forma, virar um remix e invadir a pista”

Todo o EP é inspirado no universo feminino da cantora. “Eu dividi em pílulas: coração, corpo mente e alma. Nasceu do processo de se curar de uma história de amor, de se conhecer, de entrar em você mesmo. Eu chamo tudo isso de ritual do amor: apaixonar-se pelo outro e por si mesma. É uma grande celebração do agora também”.

Tali

Show performático

Atriz de formação, Natalia criou uma apresentação musical inspirada no EP, intitulada As Aventuras de Tali! no País do Dantefloor. A primeira rolou no Rio de Janeiro, no Teatro Lauro Alvim, num formato híbrido de show, teatro e performance.

“Eu virei encenadora de mim mesma para as pessoas. Esse show é mais completo pra mim, pois conecta com essa liberdade feminina, de quebrar certos padrões internos de identidade. Mulher sofre preconceito porque ela não pode ser inteligente, e ao mesmo tempo, irreverente, não pode ser agressiva, militante e sexy.O tempo inteiro precisa se encaixar em padrões. No show, duas meninas dançam comigo, as “power pussy girls”, contando essa história de forma divertida”.

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ARTISTA: Tali on Pills
MARCADORES: Tali on Pills

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