Acorde: Radiohead, Chico + Milton e Jamilla Woods

Equipe Monkeybuzz cita três faixas que podem “mudar sua vida”

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Músicas que despertam qualquer ouvido para beleza, novos sons ou novas ideias, sem datas de validade. Assim é a coluna Acorde.

A cada edição, a equipe Monkeybuzz dá três dicas de faixas capazes de mudar vidas. Duvida?

Radiohead – Weird Fishes/Arpeggi

Aproveitando a vinda de Radiohead ao Brasil em abril, talvez agora seja o momento perfeito de relembrar um dos trabalhos mais importantes da banda. Além de ter uma sonoridade mais “tátil” do que Hail To The Thief e Amnesiac, In Rainbows deixou a indústria musical e a imprensa de cabeça pra baixo. Lembra quando o quinteto britânico entregou nas mãos do público o poder de escolher entre baixar/comprar o álbum de acordo com o preço que achasse justo? Pois é, histórico. Escolho Weird Fishes/Arpeggi porque são duas canções em uma, assim dá pra curtir mais.

(por Ana Laura Pádua)

Chico Buarque + Milton Nascimento – O Que Será (A Flor da Terra)

Vocês também ouvem Chico intencionalmente menos do que gostariam (para não dizer “deveriam”)? É que, sempre que eu paro para escutar alguma coisa, como esta parceria com o também gigante Milton, rola uma reverência intimidadora diante de tanta força lírica – para alguém que escreve, é quase uma rasteira na autoestima. Outra: Não tem como não parar o que se está fazendo para prestar atenção em cada métrica, cada virada de bateria e cada segundo de uma interpretação tão sublime como esta. Não ouço tanto, mas sempre vale a pena se levantar da tal rasteira ainda mais fortalecido/inspirado.

(por André Felipe de Medeiros)

Jamila Woods – Holy

Com um estado mental de autodescoberta, Jamila usa referências religiosas para tratar de uma visão onde o divino é algo encontrado individualmente dentro de um próprio conforto e/ou aceitação de se estar bem só (e não solitário, como ela enfatiza a diferença). Aceitando as intempéries que com certeza virão, ela escreve uma mensagem de positivismo onde o equilíbrio é de fácil alcance e sem necessidade de elemento externo, mas com um subtexto que o trabalho deve, então, ser de dedicação exclusivamente sua.

(por Leandro Reis)

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Autor:

Comunicador, arteiro, crítico e cafeínado.