Kalouv do Conceito ao Palco

Banda é uma das atrações do Monkeybuzz no Breve desta sexta (29)

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Fotos: Hannah Carvalho

“Se você parar pra perceber, todos os artistas que estão se destacando na cena, além de terem uma boa música, eles têm um show com muita energia, com interação com o público”, contou Bruno Saraiva, tecladista da banda pernambucana Kalouv ao Monkeybuzz, “o brasileiro precisa disso, do artista passar isso”. Quem ouve Elã – um dos melhores álbuns de 2017 – percebe facilmente o tamanho da força do som que o quinteto trabalha, o que fica melhor ainda ao vivo.

Não por acaso, o elogiado show do grupo é uma das atrações do próximo Monkeybuzz no Breve, ao lado de Papisa nesta sexta, 29. “A gente tem botado mais energia nos palcos”, explica Bruno sobre o sucesso da turnê, “isso acaba cativando”.

É interessante perceber o som tão enérgico que Kalouv produz, já que não é sempre que uma banda instrumental que lança um disco dito conceitual (como o caso de Elã) consegue promover, inclusive ao vivo, um alto grau de imersão em suas músicas. Se diz “conceitual” porque foram os jogos de videogame e suas músicas que serviram como base de inspiração para as composições. “As trilhas sonoras que marcam a gente, marcam em comum”, explica o tecladista, “são músicas com identidades bem definidas, que é algo que a gente busca bastante. Elas passam um clima junto do jogo, mas, ao mesmo tempo, elas funcionam por si só”.

“Os jogos de Nintendo costumam ter as melhores trilhas”, ele comenta, citando Donkey Kong, Castlevania e Journey entre alguns exemplos (“Fifa não vale, porque é playlist, né? (risos)”). Os jogos da série Zelda, além de terem servido de inspiração para o que os músicos queriam em Elã, tiveram duas músicas revisitadas recentemente pelo quinteto: Dark Saria Song se ispira em Saria Song e Temple of Time, ambas do game Ocarina of Time, para mais um grande momento da banda.

Embora suas faixas fiquem muito bem nos shows, Bruno afirma que as composições são feitas no geral inicialmente pensadas no disco, e só depois se resolve totalmente o formato dos palcos. “No próprio processo de composição, no caso de uma banda instrumental, acaba que a gente bota muita personalidade no instrumental, então funciona por si só já, sabe?”, comenta ele, “mas, claro, a gente sempre pensa no ao vivo. Teve música que a gente disse ‘caramba, vamo botar aqui tal coisa porque ao vivo vai dar um gás’”.

“No próximo disco, a gente tá pensando em sair um pouco do formato instrumental e chamar vários convidados que cantam, amigos da cena”, conta ele, “só que a gente não faz a menor ideia como vai fazer isso [depois nos shows], porque nenhum de nós é cantor de verdade (risos), mas a gente dá um jeito, bota sample, sei lá (risos). O processo de composição é sempre mais importante, tem que sair algo que todo mundo goste, depois a gente pensa no ao vivo”.

Monkeybuzz no Breve apresenta Kalouv + Papisa

Dia 29 de junho Casa abre às 19h, shows começam às 21h Breve: Rua Clélia, 470 Pompeia Ingresso antecipado: R$20 Venda de ingressos: Sympla Facebook: Evento

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Autor:

Comunicador, arteiro, crítico e cafeínado.