Glassnote e seu Catálogo Invejável

Em menos de quatro anos de existência, o selo nova-iorquino acumula ótimos nomes em sua lista de artistas que, entre outros, tem Phoenix, Two Door Cinema Club e Mumford & Sons

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Fotos: The Temper Trap é um dos novos nomes desse selo que tem um catálogo adimirável

Fundada em 2008, a Glassnote Records construiu em pouco mais de quatro anos um dos catálogos mais expressivos e sólidos dentro do mundo Indie e é bem provável que você seja fã de muitas das bandas deste selo nova-iorquino.

Nascida em um mercado instável e que está em meio a uma revolução causada pela Internet, a gravadora aposta em novas tendências de mídia para criar um canal de comunicação com os fãs, assim como aproximar ainda mais o artista de seu público através de extensas turnês. Outro ponto forte do selo é sua curadoria, que encontrou nesse pouco tempo de vida ótimos artistas, sejam alguns velhos conhecidos ou nomes que começam agora a ganhar notoriedade, mas que já apresentam grande potencial.

Phoenix, Two Door Cinema Club e Mumford & Sons são seus artistas mais conhecidos e dispensam quaisquer apresentações. Portanto, vamos investigar os outros nomes, que, mesmo, não muito conhecidos, conseguem manter a mesma qualidade.

GIVERS

Formada em 2009, a banda de Tiffany Lamsom, Taylor Guarisco e companhia chamou a atenção de muita gente com seu EP homônimo, lançado logo no seu primeiro ano de vida, incluindo a de alguns sites especializados que mais tarde apontariam a banda como um dos grandes nomes para 2011. Naquele mesmo ano, impulsionado pelo sucesso do single Up Up Up o quinteto lançou seu primeiro disco, In Light, e chegou a apresentá-lo no The Late Show de David Letterman, um dos programas de maiores sucesso da TV norte-americana, e no festival Coachella desse ano. Com um Indie Pop animado e com influências que vão do Afrobeat do Vampire Weekend ao Indie Rock inglês de Bombay Bicycle Club, o grupo tem uma sonoridade que valoriza harmonias e batuques para criar seu diferencial.

The Temper Trap

Essa é, talvez, a banda mais conhecida dentre as relativamente desconhecidas do selo. Ela existe desde 2005, mas foi somente depois de 2009, após o lançamento de seu primeiro disco, Conditions, e o single Sweet Dispositon aparecer em um dos filmes mais adorados pelo publico Indie, 500 Dias com Ela, que o grupo começou de fato a ter maior expressividade. O quinteto australiano tem um som marcante construído através de uma instrumentação suave e um vocal cheio de personalidade, que embala músicas abordando, em sua maioria, temáticas amorosas. Neste ano, o grupo lançou seu segundo disco, que recebe o mesmo nome que a banda, porém sem atingir o mesmo êxito comercial de seu debut.

Flight Facilities

Essa é outra banda que existe há pouco tempo e, por mais obscuro que seja seu início, surgindo com o single Crave You lá em 2010 como um misterioso duo de música eletrônica, é unanimidade entre quem a conhece. A dupla faz um delicioso misto entre Electro Indie, House, Chillwave e algo dos anos 70 soando sempre pegajoso no nível certo. Ainda sem nenhum disco, a dupla aposta nos singles e vídeos, quase sempre muito cinematográficos para divulgar seu trabalho.

Oberhofer

A sonoridade roqueira e desregrada também tem espaço no catálogo da Glassnote. Misturando gêneros como Indie Rock, Dance Punk e Noise Pop, a banda encabeçada por Brad Oberhofer foi uma aposta do selo nova-iorquino, que tem mais artistas dedicados a estilos com sonoridades mais brandas, mas que tem dado certo até então. Seu primeiro disco, Time Capsules II foi lançado no começo de março e levou o quinteto a tocar em grandes festivais, como Coachella e em grandes programas televisivos, como o The Late Show de David Letterman.

Em meio a outros nomes, ainda vale ressaltar duas de nossas dicas na coluna semanal Ouça. A primeira delas é o grupo irlandês Little Green Cars, que tem um som Country, mas foge aos estereótipos do estilo e traz tendências do Folk e da música tradicional de seu país. O segundo nome é uma aposta antecipada para 2013: o trio inglês Daughter. Com letras profundamente dolorosas que se escondem atrás de belas melodias e uma voz angelical, o grupo tem uma mistura incrível em suas mãos e tem tudo para se tornar um dos grandes destaques do ano que vem.

Um catálogo sólido e uma estratégia adaptada para nova realidade do mercado fonográfico faz com que a Glassnote Records ganhe destaque em meio ao mar de selos independentes que nasceram durante as últimas décadas. É uma tática muito básica, mas que tem dado muito certo em seus pouco mais de quatro anos de vida.

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Autor:

Apaixonado por música e entusiasta no mundo dos podcasts