Leituras da semana: Caetano, Bowie, Christopher Owens e mais

Separamos alguns dos melhores textos sobre música que lemos na Internet nessa semana

Loading

Ler sobre música é uma experiência que apenas torna o ouvir ainda mais interessante. Conhecer estilos, gêneros e artistas através de análises e perspectivas de terceiros nos faz entender melhor o propósito de cada músico fazer o que faz, ao invés de julgá-lo apenas pela qualidade de seu material.

Nós do Monkeybuzz apoiamos muito os bons artigos, resenhas e textos sobre música na Internet, que não vejam ela como algo criado apenas para textos curtos, imagens e vídeos rápidos e não serve para propagar boas dissertações sobre os mais diversos temas. É isso que tentamos fazer aqui diariamente no site com nossas resenhas, artigos e colunas.

Por isso que agora, semanalmente, tentaremos filtrar os melhores textos nacionais e internacionais sobre música que encontramos na rede, a fim de enriquecer ainda mais a bagagem do nosso leitor sobre seus temas favoritos.

Brasileiros

Caetano, Gil e o Identikit – por Carlos Eduardo Lima no Scream & Yell

Uma análise sobre o “Identikit” da nova fase de Caetano Veloso em Abraçaço, com referências sobre sua carreira, Gilberto Gil e Zygmunt Bauman.

“Até que Caetano resolveu se valer de um identikit, motivado pela separação de sua esposa, Paula Lavigne. Se aproximou da galera jovem, viu que ali estava um filão a ser explorado, uma oportunidade de causar, de voltar a frequentar as resenhas e colunas da mídia sem qualquer possibilidade de demérito. Caetano se transformou em roqueiro indie.”

David Bowie vai muito bem, obrigada – por Gaía Passarelli no MTV 1

Gaía prepara um retrato da fase atual de Bowie em seu retorno surpresa, que aconteceu nessa semana.

“A surpresa de saber que Bowie não só está vivo como está bem o suficiente para criar é revigorante. Ainda mais quando é sem aviso, em uma época em que álbuns ‘vazam’ com meses de antecedência ao lançamento oficial e artistas transformam trechos de videoclipes e anúncios de namoros em oportunidades de divulgação.”

Dilacerando Shia – por Jotabê Medeiros no Estado de S.Paulo

A coletânea de clipes Valtari Mystery Film Project rendeu ótimos vídeos para as faixas de Valtari, sexto álbum da banda islandesa Sigur Rós. O jornal O Estado de S.Paulo conversou com a cineasta israelense Alma Har’el, responsável por um dos vídeos mais falados do projeto, já que além de sua qualidade, traz como protagonista o astro de Hollywood Shia LaBeouf.

“A música Fjögur Píanó, a exemplo de toda a produção do Sigur Rós, poderia ser uma “canção composta para ser interpretada por um cardume de baleias”, como escreveu um fã certa vez. Alma Har’el a transformou num tour de force metafórico sobre o fim de um relacionamento.”

A fase elétrica de Miles Davis – por Tiago Ferreira no Scream & Yell

Tiago não só traça um perfil de toda a fase em que Miles Davis incorpora elementos elétricos em sua música, mas dá uma ótima aula de Jazz e música de modo geral.

“Não que Miles tenha mudado radicalmente de uma hora pra outra. ‘Country Son’, tempos depois, se mostrou uma ruptura estética na própria forma de composição, deixando o baixo voar alto para que o trompete de Miles brincasse com as emoções pegando-as e partilhando-as no ar.”

Internacionais

Why Beck Didn’t Record His New Album – por Alex Pasternack no Motherboard

O criativo Beck decidiu lançar seu último trabalho através de um livro de partituras. Será que Beck pretende fazer isso mais vezes ou o fez apenas para chamar atenção? Alex discursa a respeito de Song Reader, analisando a obra de diversos pontos culturais e mercadológicos.

“Beck hasn’t made a splash in years, and making an album that’s as much about the music as about the meme is as good a way as any to draw some attention to his back catalog and burnish his YouTube cred, not to mention make sly commentary about the tumult in the music industry.”

Update: Baths – por Ian Cohen no Pitchfork

Will Wiesenfeld, mais conhecido por seu projeto Baths, lançou seu álbum de estreia Cerulean em 2010, fazendo um barulho bastante positivo na cena de música eletrônica de Los Angeles. O Pitchfork decide conversar sobre o futuro da carreira do jovem músico, que tem planos para que seu próximo trabalho soe mais como uma banda e que parem de chamá-lo de DJ.

“I want live drumming, though not necessarily a fucking rock kit. I want to get away from doing stuff on the [Akai MPD sampler] all the time, because the new songs are more aggressive, and every song is going to have lyrics and singing. It’s like my weird version of a pop record, as opposed to being a beat record.

A Time to Go Solo, at Least Onstage – por Melena Ryzik no New York Times

“The breakup of Girls drove fervent speculation in the indie world. Mr. Owens said it was simply the result of growing pains and shifting lineups. ‘Nobody hated each other or anything like that,’ but success ‘happened a little too fast,’ he said. ‘The band would have survived longer if we would have gone slower.'”

Loading

Autor:

Nerd de música e fundador do Monkeybuzz.