Ed Banger – Uma década do selo mais dançante da França

Gravadora já revelou nomes como Justice (foto), Breakbot, Mr Oizo e outros tantos nestes breves 10 anos de história

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Um dos movimentos mais importantes da Música Eletrônica feita nos últimos dez anos, a Frech House, está profundamente ligada a um selo, que não por acaso também completa neste ano uma década de vida. Nascido em terras francesas nos anos 1990, o estilo se estabeleceu no meio da década principalmente pela fama do duo Daft Punk, que mesmo não estando diretamente relacionado ao selo Ed Banger, foi gerida por mais uma década (período de 1996 à 2008) pelo grande cabeça da gravadora: o DJ e produtor Pedro Winter – ou como é mais conhecido Busy P.

Pedro, com seu dom como produtor e ouvido ligado às novidades começou a juntar sob sua tutela novos talentos (em sua grande maioria músicos com a vertente eletrônica muito evidente), aos poucos montou um plantel realmente invejável. Logo nos primeiros anos já haviam produções de Mr. Flash, Justice (um dos maiores e mais importantes nomes do selo), Vicarious Bliss e Krazy Baldhead e é claro que o grande chefão não deixaria assinaria um EP próprio nestes primórdios da empresa.

Construindo seu nome aos poucos, a Ed Banger foi apresentando ao mundo sua sonoridade mista entre Frech House, Hip-Hop e Rock, mas foi só em 2007, quando Gaspard Augé e Xavier de Rosnay estavam às portas de lançar seu primeiro disco (que emplacou em diversas listas de melhores do ano, além de ter sido indicado ao Grammy como melhor álbum eletrônico daquele ano), que o selo realmente emplacou e se catapultou, mostrando a todo o mundo os talentosos franceses que até então se encontravam enclausurados dentro da borbulhante, porém restrita cena. Bastou um , um D.A.N.C.E. e mais alguns remixes para que, com ajuda do Justice, a gravadora não estivesse mais presa dentro de seu país e para que pudesse colocar o selo de exportação em suas produções.

É claro que nestes 10 anos, a Busy P e sua Ed Banger revelaram muita gente boa, que manteve e aumentou o buzz alcançado com Justice. Então além dos figurões, vamos também conhecer os outros convidados desta festa:

Breakbot

Thibaut Berland. Este é o nome por trás deste projeto que além de se apegar a tendências da French House, traz muito da Nu-Disco para sua música altamente influenciada pelos sons setentistas: Disco (é claro), Soul e Funk – sem nunca deixar de lado a produção eletrônica moderna. Essa deliciosa mistura pode ser vista em seu primeiro disco, By Your Side.

Mr Oizo

Além de produtor e DJ, Quentin Dupieux também é um diretor que (em ambas as carreiras) tem diversos lançamentos que datam desde o fim dos anos 90. Sua faceta musical se mostra bem mais prolífica (com quatro discos e nove EPs) e bem orientada dentro da Música Eletrônica atual, brincando com tendências que vão do Dub ao Techno. Certamente você já deve ter ouvido falar ou até mesmo visto o clipe de Flat Beat (faixa mais famosa de Quentin) e seu icônico personagem de pelúcia amarelo.

SebastiAn

Sebastian Akchote é mais um desses prodígios que começam muito cedo (com 15 anos no seu caso) e que se mantém extremamente produtivo até hoje. Brincando com a Glitch House (e influenciado pelo Jazz e Hip Hop), o músico fez sua fama, além é claro por suas produções próprias, por produzir nomes como Kavinsky e Uffie, além de remixes muito comemorados de Daft Punk, Beastie Boys, Bloc Party, entre outros. Apesar de já estar na ativa desde 2005, seu primeiro (e único) disco veio somente em 2011, com o ótimo Total.

Cassius

Um tanto mais Pop (no sentido de trazer tendências mais radiofônicas) que seus parceiros de selo, o duo Philippe Zdar (sim, esse é o mesmo cara que já produziu Phoenix, Two Door Cinema Club, The Rapture, Chromeo e outros tantos) e Boom Bass diluem muito do House, Trance, Nu-Disco, Indie Dance e Synthpop em um som extremamente pegajoso e dançante.

Feadz

Fabien Pianta, assim como o duo Cassius, se mostra bem inventivo na hora de criar suas misturas. Trazendo o Hip Hop, Indie Dance e Techno à French House, o DJ e produtor consegue um resultado empolgante e inconstante (que surpreende o ouvinte com a diversidade de sonoridades e estilos que consegue amalgamar em suas obras).

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Autor:

Apaixonado por música e entusiasta no mundo dos podcasts