OWSLA e Future Classic, Dois Grandes Selos de 2013

Ambos se destacaram na prospecção e lançamento de talentosos projetos nesse ano e apostam em novos nomes para 2014

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2013 foi definitivamente um ano incrível para a música. Seja uma nova forma de ver o Pop, o estouro do Soul, bons surgimentos no Indie e o Eletrônico ganhando espaço como nunca. Nunca houve tanto incentivo para que houvesse tantos lançamentos e tantos novos nomes caindo na cena. A medida que investimentos foram dando certo e gerando ainda mais capital, mais busca foi financiada e hoje temos selos especializados nessa caça, tudo para que em pouquíssimo tempo haja uma variedade de artistas dos mais diversos gêneros disponíveis para festivais e para a indústria comercial.

Vários selos foram fundados em prol dessa causa, para que haja uma maior distribuição desse foco e que se contemple ainda mais a música de qualidade, é claro que cada um em seu circuito. Dois deles chamaram muita atenção nesse ano e merecem destaque pelo trabalho que fizeram. Vários novos artistas foram descobertos e lançados e muitos deles trazem influências próprias e longe da mesmice da indústria. Isso encanta e dita um comportamento que vem nascendo e se consolidando na música eletrônica. Cada vez mais seus adeptos clamam por novos sons e dão valor em quem começa e carrega consigo um conteúdo relevante.

OWSLA

Fundado por ninguém menos que “Soony” Skrillex, o selo veio para preencher uma necessidade que o próprio produtor tinha de não focar somente em seu projeto solo e poder produzir o “lado-B”. Com seus últimos lançamentos, como The Reason e Leaving, sentimos que Soony agora já tinha poder e autonomia suficiente para dar asas a seu processo criativo. Com essa mesma premissa, a OWSLA criou sua identidade. Porter Robinson, seu primeiro lançamento, já é hoje nome conhecido e com turnê própria. Zedd também. Outros nomes já se elevaram com a parceria: The M Machine, Birdy Nam Nam, Kill the Noise, Dillon Francis. Mas, se você gosta de música Eletrônica, já conhece os citados. O grande “x” da questão está em dois fatos. Primeiro, naqueles nomes que surgem desconhecidos, mas que já demonstram uma maturidade musical de gente grande e, segundo, na flexibilidade do selo em relação aos gêneros dos contratados.

Alguns dos últimos lançamentos do OWSLA que merecem atenção:

Etnik: Aos 21 anos, o produtor já ganha respeito daqueles que fazem a cena Techno acontecer. O alemão consegue trazer originalidade no seu som pelo simples fato de não acumular camadas em suas produções, mas sim concentrar em partes distintas. Uma ótima pedida para quem gosta desde Tiga a Kraftwerk.

TC: Típico nome que mistura a dose ideal de comercial EDM com elementos muito respeitados na cultura underground eletrônica. Traz um Trap muito similar ao Electro House de Martin Garrix.

Sluggers: Assim como o título de seu EP recém-lançado, Phantom Fade, o projeto parece envolver bastante mistério. Sem muitos releases ou divulgações, Sluggers já tem suporte de grandes nomes como Brodinski, Skrillex e Boys Noize por cravar suas raízes na cultura Bass. Foram quatro faixas que surpreendem no Deep e Techno.

Future Classic

Este selo é australiano e só por isso já ganharia um grande ponto favorável no quesito “talento”. Grandes nomes sairam da terra aussie (não só do Eletrônico) e, de dois ou três anos para cá, os olhos dos críticos estão atentos à Oceania. A Future Classic se concentra numa pista de dança mais “sofisticada” e produtores mais pro lado do House, Acid, Nu Disco e Deep House. Sua competência já estaria provada somente por ser o berço de um dos grandes nomes do Chill da atualidade – Flume -, mas, acreditem ou não, o selo guarda incríveis talentos sob suas asas, ainda bem que por pouco tempo:

Charles Murdoch: De Brisbane, o produtor já chegou chutando a concorrida cena londrina com suas obras Chill/Ambient. Bem comparado a Flume, o australiano já lançou seu quarto EP com uma sonoridade delicada e conceitual Weathered Straight:

L D R U: As consoantes escondem o que Skrillex, Diplo e A-Trak mostraram em suas páginas como promessa. Sua faixa de estreia The Tropicals chegou à marca de 100 mil visualizações e, com isso, a pulga atrás da orelha de que um garoto de apenas 19 anos tem muito mais bagagem pra impressionar daqui para frente.

What So Not: O duo australiano quebra a rotina calma do selo e vem somente pela sede do barulho e diversão. Consegue trazer um carnaval de influências (Trap, Dubstep, EDM, Chill e Hip Hop, entre outras) em uma só faixa. Já tem um número grande de seguidores e vem como uma aposta para 2014.

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Publicitário que não sabe o que consome mais: música, jornalismo ou Burger King