It’s About Time foi a escolha certeira de faixa para Young the Giant começar a mostrar seu segundo álbum, MInd Over Matter, que chega às lojas em 21 de janeiro. Em bom português, “it’s about time” significa um “já era hora” sem rodeios.
É que já faz mais de três anos desde que saiu o belo disco que leva o nome do grupo, lançado em outubro de 2010, o responsável por catapultar o quinteto àquele alto posto de nome quente do cenário alternativo que sabe fazer bonito no mainstream por culpa de suas músicas muito carismáticas com a dose certa de personalidade. Daquelas bandas difíceis de não curtir, sabe?
Se você não estava neste mundo da música nos últimos anos, entenda as dimensões: Young the Giant, o álbum, vendeu o suficiente pra ficar na posição 42 da Billboard (o que é um belo de um sucesso pra uma banda desta proporção), além de ter gerado três singles que logo foram incorporados ao repertório de quem acompanha o que acontece no universo fonográfico: My Body, Apartment e Cough Syrup.
Com uma campanha tão bonita no campeonato, por que então a banda esperou tanto para mostrar ao mundo sua mais nova cria? Bem, o principal argumento certamente é aquela manjada pressão que rola em cima de um segundo lançamento após uma estreia tão bem sucedida. Em um mercado tão competitivo, manter o nível nunca é o bastante. A missão é se superar.
O quinteto então se concentrou para trabalhar da melhor maneira que sabe, que é com todos os seus integrantes morando em uma mesma casa, absorvendo o clima do ambiente e as experiências vividas juntas. Daí, Mind Over Matter foi gravado em três residências diferentes em Los Angeles, aproveitando o repertório de ideias que a turnê recém-terminada tinha trazido – e dá pra imaginar o quanto se aprende na estrada.
A impressão que as músicas lançadas até agora estão mesmo mais grandiosas que as anteriores. Parte da razão disso certamente é ter Justin Meldal-Johnsen na produção. O cara já tocou com gente como The Mars Volta e Garbage, ou seja, ele entende de “musicão”. Seu currículo como produtor não nega isso, com bandas como The Naked and Famous e Tegan and Sara na bagagem. Se isso ainda não te convenceu, saiba que é dele a produção do sublime Hurry Up, We’re Dreaming, de Anthony Gonzalez e seu M83.
Mas, além disso, fica a sensação de que a grandiosidade das faixas vem desse ímpeto de ir mais além. Os investimentos em guitarras espertinhas e refrões fáceis de gostar continuam, mas ainda mais pesados. Como se o novo som mal coubesse em uma casa de shows, com potencial pra todo um estádio cantar junto.
Se Young the Giant chegará com Mind Over Matter ao status de headliner, é muito cedo pra dizer. Mas já dá pra afirmar que, ao que tudo indica, quem curtiu o primeiro álbum terá muito com o que se deliciar neste lançamento.
