Lorde: Pop Introspectivo Lota Palco Interlagos com Fãs e Curiosos

Neozelandesa faz um dos maiores públicos do festival com hits de “Pure Heroine”

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Fotos: Claudio Augusto/Ig

O último sábado foi demarcado como o certeiro para trazer a tal sensação do Pop que emergiu do underground para as rádios tão rapidamente e ao alto de seus 17 anos. A cantora Lorde era de fato um dos nomes mais esperados para o primeiro dia do Lollapalooza Brasil 2014 devido ao fator novidade e mistério envolto pelo seu repertório permeado pelo seu álbum de estréia, Pure Heroine.

Impreterivelmente às 18h30, a jovem entrou no palco e começou com duas de suas canções não tão conhecidas, Glory and Gore e Biting Down, mas que são as tipicamente esperadas por fãs, por fazerem o caminho inverso dos grandes sucessos. Tennis Court foi a responsável pela primeira agitação do presentes, que só se agregavam ao local cada vez mais. Supostamente, esse é o maior “público pago” da cantora em sua curta carreira, com cerca de 40 mil pessoas acompanhando sua apresentação, perdendo apenas para Muse com 70 mil naquele primeiro dia do evento.

As típicas dancinhas com gestos instintivos às batidas de seu som eram acompanhadas de sorrisos encabulados e olhares fixos a seu público e câmeras que acompanhavam o show. Praticamente todo o álbum foi tocado, mostrando também canções como White Teeth Teens, 400 Lux e Ribs. Se tratando de diferenciais, Ella Yelich também atentou-se à sua recente participação em Easy, de Son Lux, e um cover um tanto particular de Kanye West da faixa Hold My Licquor, que dividia entre um público que gostou e se surpreendeu e outro que não sabia o que estava acontecendo ali. Yelich soltou comentários carinhosos sobre os neozelandeses não saírem muito de sua terra, mas que a vinda ao Brasil realmente estava valendo a pena.

O Pop introspectivo acabou soando desinteressante para parte do público que havia chegado por ali, embarcando apenas na onda hype de Ella, mas que não arredaram pé enquanto não tocou a aguardada Royals, que rendeu muitos gritinhos desesperados. A noite de Lorde encerrou-se com uma chuva de papel picado ao som de Team, gerando uma comoção maior e a derradeira A World Alone, que fechava o ciclo proposto em seu início, apontando um saldo positivo e que se ateve bastante a seu primeiro disco.

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ARTISTA: Lorde

Autor:

Jornalista por formação, fotógrafo sazonal e aventureiro no design gráfico.