Brasil no Palco Perry

Conheça os produtores brasileiros que marcarão presença no palco eletrônico do festival

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Ante quatro nomes de 2014, o Lollapalooza Brasil deste ano resolveu seguir com o fluxo de investimentos na indústria musical brasileira e fechar com ainda mais nomes daqui. Ao todo, a edição de 2015 tem seis produtores locais que permeiam seus estilos desde a Disco e Boogie tupiniquim até o mais grooveado Deep House. O crescimento de 50% nessa escolha mostra que a produção do festival anda de acordo e valoriza a música produzida por gente daqui e pra gente daqui. Com eventos grandes como Tomorrowland, Ultra e Sónar vindo para o Brasil neste ano, ficou mais que claro que o país está nos holofotes do mundo inteiro. Os investidores, por consequência, estão de olho no que acontece por aqui e a hora de mostrar o tesouro que temos e quem queremos projetar é agora.

Esse barulho todo impulsiona inclusive novos adeptos a essas sonoridades, o que aumenta e movimenta ainda mais o mercado. Dessa forma, a probabilidade de se criar e investir em eventos desse porte é ainda maior. Abraçar esses nomes e, cada vez mais, estimular a cena Eletrônica brasileira significa nada menos que preparar o terreno para que cada mais vez tenhamos o gênero em crescimento e o Brasil bem representado também lá fora. Por enquanto, temos uma gama de ótimos nomes de vários estados do Brasil abrindo a pista do Palco Perry, a tão aclamada tenda Eletrônica do Lollapalooza, podendo mostrar um pouco do ótimo trabalho que vem sendo prestigiado, inclusive, por empresários, clubs e fãs do mundo todo.

Anna

Para estreia do palco, nada melhor do que uma mulher para representar a diversidade de 2015. Tendo suporte da Turbo Recordings e Toolroom, de nomes como Tiga e Mark Knight, Anna vem chamando atenção com a marcação forte no Techno de suas produções. Suas faixas vem alcançando altas posições em paradas de venda, o que chamou atenção, inclusive, da Virgin EMI para fechar contrato. Hoje, ela possui residência no Blue Marlin, um dos clubs mais famosos de Ibiza.

Vintage Culture

Quebrando um pouco a linearidade que Carl Cox tanto admira em Anna, logo em seguida temos Lukas Ruiz, o nome por tras de Vintage Culture. O projeto é uma das maiores expectativas de sábado talvez por ser uma das melhores novidades dos últimos anos. A rápida ascensão do produtor veio diante de uma vontade de misturar tudo o que existe de comercial com Deep House, uma fórmula que, pelo menos em festival, não há mais eficaz.

E-Cologyk VS Jakko

Os caçulas do palco não economizam nos sintetizadores pra mostrar porquê foram escalados também para o sábado. Lucas Bojakowski, ou Jakko comercialmente, tem somente 17 anos e já tem lançamento pela grande Big & Dirty, responsável por produções de Dada Life, Hardwell, Nicky Romero e outros. A ainda inexperiência dele se juntou à carreira de E-Cologyk. Apoiado pela BugEyed Records (que já abraçou artistas como Zedd, Deadmau5 e os brasileiros Felguk), o produtor tem faixas respeitadas por grandes nomes, inclusive W&W já tocou uma produção autoral de Paulo Henrique no Mainstage Radio Show.

Chemical Surf

Os irmãos Sanches abrem a pista no domingo e mostram os motivos que chamaram tanta atenção de tantas gravadoras pelo mundo todo: Kittball de Tube & Berger, Bunny Tiger do Sharam Jey, Cuff de Amine Edge & Dance, Armada Music de Armin Van Buuren e a incrível Toolroom do Mark Knight – além de outras. O último EP da dupla chegou no TOP 10 de Tech House da Beatport e até hoje colhe frutos dos dois singles Walking Back e Don’t Be Jealous. Tem suas produções em cases de nomes como Betoko, Sasha, Mark Knight, Sharam Jey, Kolombo, pra não citar mais. Bass, em parceria com Sharam Jey e Illuzionise, estourou e com certeza terá presença marcada ao meio-dia e quinze do segundo dia do festival.

Fatnotronic

Com herança de Favela carioca e Electro, provenientes de Bonde do Rolê e Killer On The Dancefloor, Gorky e Phillip A. toparam um novo desafio de mergulhar ainda mais nas misturas que já faziam em seus projetos paralelos e trazer para seu Fatnotronic. O que começou em uma brincadeira, viu-se uma sintonia muito grande e virou projeto sério. Fatnotronic mais parece um 2manyDjs da tropicália brasileira, na qual os Boogies e a Disco tupiniquins são ovacionadas de forma original e dançante. Já chamaram atenção de Diplo (padrinho do Bonde) e Fatboy Slim.

Victor Ruiz AV Any Mello

As produções de Victor cheiram a contemporaneidade e trazer Any ao projeto soma o detalhismo feminino e o toque ao groove violento e seco que fez o produtor chamar atenção da cena Eletrônica atual. Agora, em dupla, mais do que nunca se experimenta outros sons, além do Techno há resquícios de Trance, o House serve de base, os vocais contam histórias e o telão te guia durante a jornada.

Lolla

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Autor:

Publicitário que não sabe o que consome mais: música, jornalismo ou Burger King