Foster the People Dá um Banho de Animação no Pôr do Sol

Show lembrou clima que fim de semana poderia ter tido, mas imprevisivelmente não teve

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Fotos: MRossi/Lollapalooza Brasil 2015

Meses depois do anúncio das atrações do Lollapalooza Brasil 2015, talvez seja hora de conversarmos mais uma vez sobre a escolha do line up do fim de semana em comparação às edições anteriores do evento: Essas bandas possuem qualidade, no geral, indiscutíveis. Faltou, porém, um grande fator de animação nos shows, algo que identificasse a raíz “festa” na palavra “festival”.

Teve aqueles que souberam animar, como Fitz and the Tantrums ou mesmo Banda do Mar, mas parece que o fator diversão, aquela coisa mais feel good, ficou destinada aos DJs dentro e fora do Palco Perry, além dos headliners Pharrell e Bastille. Foi aí que Foster the People veio e fez seu 7×1 no festival.

Com três anos a mais de maturidade no palco do que em sua primeira participação na edição brasileira do “Lolla”, Mark Foster e seus colegas entregaram versões de respeito das músicas de Supermodel e reconstruções ainda melhores dos hits de antigamente – Helena Beat, por exemplo, foi uma das melhores de todo o show.

Foi ânimo extra para qualquer um dos próximos shows, tanto o de Calvin Harris, quanto de Young the Giant (e mesmo Pharrell e Steve Aoki). Foi a hora de acordar e perceber que o fim de semana tinha recebido músicas incríveis de nomes como Alt-J, St. Vincent e mesmo O Terno, mas em shows que talvez teriam sido melhores aproveitados em outros ambientes – com Foster the People, não era o caso.

O mar de gente que criou-se para dançar e cantar Best Friend, Houdini, Coming of Age e Pumped Up Kicks (o maior hit do grupo) estava espalhado por todo o “vale” que formava o Palco Skol aproveitando o show em todos os cantos, não só aqueles lá na frente (como aconteceu em diversas apresentações do fim de semana).

O que Foster the People entregou, além de uma apresentação impecável, foi sua função de devolver os ânimos de quem teve a chance de ver ótimas bandas ao longo dos dois dias, mas em um tom abaixo do grau de empolgação que shows em grandes festivais podem ter – ou mesmo precisam.

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Autor:

Comunicador, arteiro, crítico e cafeínado.