The Kooks: A Apresentação Mais Nostálgica Do Domingo

Entre novos single e antigos hits, grupo se provou com uma das melhores atrações do festival

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Fotos: Fotos: I Hate Flash/Lollapalooza

Chuva, céu cinzento, muitos casacos e fãs enlouquecidos. The Kooks parecia mesmo estar em casa, com esse clima quase londrino dando as caras na segunda tarde do festival. Tanto parecia estar à vontade, que a banda fez um show que se desenrolou muito bem, com direito a muitos hits do passado e alguns dos novos singles da banda – um verdadeiro passeio pela sua carreira.

Se, na noite anterior, Srillex havia lotado as colinas do Palco Onix, no fim daquela tarde, o grupo inglês conseguiu ao menos igualar a façanha – se não é que tinha mais gente nesse show. E creio que essa multidão se tornou uma parte fundamental da apresentação, servindo quase como quinto membro da banda. Com todas as letras na ponta da língua e com passos ensaiados nos pés, os coros e as danças ficaram por conta desses tantos fãs que voltaram à adolescência ao som de Luke Pritchard e companhia.

E acho que essa sensação de voltar ao tempo, essa nostalgia inerente, se provou o maior diferencial desse show – principalmente para quem tem seus 20 e poucos e cresceu ouvindo o som da banda. Quando músicas como Ooh La, She Moves In Her Own Way, Eddie’s Gun, Sway e Seaside foram tocadas, a multidão acompanhou em peso seus versos, em um misto de emoção e realização. A comoção que aumentou com Sofa Song e Junk of The Heart (Happy) nos levou à conclusão com seu maior sucesso, Naïve – sem dúvida, o ponto mais alto da apresentação.

Mesmo com tantos hits (esses vindos de uma época mais roqueira da banda), o grupo teve espaço para apresentar as faixas de Listen, seu mais novo lançamento. Quando mostrava algumas delas, seus arranjos pendiam um pouco para o lado do Rock, rendendo versões interessantes e mais encorpadas (ainda assim bem dançantes) de músicas como Bad Habit, Down, It Was London e Forgive & Forget. A rebolante Westside, mostrada a meio caminho do fim, foi também um dos momentos mais divertidos da apresentação – em um clima quase preparatório para o show de Foster The People, que aconteceria logo em seguida.

Com uma apresentação bem arquitetada, setlist balanceado e muito carisma, o grupo soube conduzir um bom show, acabando com a descrença daquelas que reclamaram de sua escalação e suprindo a expectativa dos fãs que esperavam ver a banda de novo por aqui. Divertido, nostálgico e com novidades, tudo no ponto certo.

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Autor:

Apaixonado por música e entusiasta no mundo dos podcasts