Interpol Fez Show com Chuva como Coadjuvante

Vento frio e garoa deram o cenário ideal para apresentação emocionada do grupo

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A chuva era pouca o bastante para não atrapalhar show nenhum, mas forte o suficiente para não ser ignorada. Foi nesse cenário que Interpol entrou no Palco Skol no domingo do Lollapalooza Brasil 2015 para satisfazer uma multidão de fãs emocionados com músicas que passearam por mais de uma década de carreira e pela forte conexão do público com a banda.

O início com Say Hello to the Angels, Anywhere e Leif Erikson foi comemorado por alguns, mas foi a partir do hit Evil que as coisas esquentaram (em um momento que, ironicamente, a chuva engrossava). Os braços pra cima socando o ar no ritmo da música para cantar os primeiros versos e os pulos todos no refrão deixavam claro para qualquer leigo que aquilo sim era um show de Rock com toda a agressividade e sensibilidade que o estilo pode ter mutuamente.

Na verdade, a apresentação do trio (com mais dois músicos convidados no palco) foi provavelmente a com maior apelo sentimental de todo o festival (empatando, talvez, com Robert Plant, mas aí por um fator nostálgico). A maneira com que as faixas eram cantadas pela maioria demonstrava como muitos ali entoavam os versos em primeira pessoa.

Rest My Chemistry, Everything Is Wrong, Narc, The New e NYC foram algumas das mais celebradas. Em meio aos hits de ontem e de hoje, o guitarrista Daniel Kessler mostrou-se um dos músicos de maior presença no palco durante o fim de semana, mesmo com certa timidez em alguns momentos, e foi mais aclamado que o vocalista Paul Banks.

Slow Hands terminou o show em grande estilo, logo após All the Rage Back Home relembrar que El Pintor caiu mesmo nas graças dos fãs. A chuva já havia passado, mas ficou o vento frio. A banda já havia deixado o palco, a emoção continuava.

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Autor:

Comunicador, arteiro, crítico e cafeínado.