Albert Hammond Jr.: A Hora do “Vamos Ver”

Músico vem ao festival carregado de expectativas para provar seu valor solo

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Sejamos francos: Albert Hammond Jr. não estava em seus melhores momentos criativos quando nos entregou seu Momentary Masters em 2015, algo que já estávamos dispostos a a perdoar por seu histórico – seja solo ou com The Strokes – e que poderá render-lhe uma rendenção extra se fizer bonito no palco do Lollapalooza Brasil.

Não é arriscado afirmar que grande parte do seu público é aquele que acompanha seu trabalho primeiramente por seu trabalho na banda com Julian Casablancas (que também teve chance de ganhar o Brasil em 2014, mas não rolou). É possível, porém, que ele encontre alguns admiradores entre as plateias de outras atrações do domingo, 13 de março, com um som inegavelmente roqueiro e despretenciosamente palatável, sendo assim um “aquecimento” interessante para quem for ao festival com planos de ver Noel Gallagher ou Alabama Shakes.

Quem for até o Autódromo de Interlagos encontrará um músico com intimidade nos palcos grandes (além das muitas turnês com o grupo, ele abriu para Coldplay em shows pela Europa) e 18 anos de carreira, o que pode contar pontos a favor de uma apresentação caprichada. Quer você queria vê-lo por saudades de The Strokes ou porque curte seus discos, estará diante de um músico que precisou “renascer” ao sair da reabilitação e segue hoje firme em sua trajetória musical – e é sempre legal poder acompanhar uma história dessas.

Não é à toa que Albert Hammond Jr. chega ao Brasil com muitas expectativas. E é tudo isso que seu nome carrega que faz com que ele tenha sido uma escalação certeira para o festival e uma atração de peso para todos os presentes, mesmo que não conhece muito de seu trabalho – vale conhecer, no entanto, e dá tempo. Aproveite.

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Autor:

Comunicador, arteiro, crítico e cafeínado.