Bratislava comenta: Céu, Criolo, MØ e outros

Banda paulistana vê show no festival como “o fechamento de um ciclo e a abertura do próximo”

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Lollapalooza é sempre uma boa oportunidade para conhecer novas bandas, aquelas que aparecem em um cantinho menor do cartaz, mas que sempre marcam o fim de semana daqueles que chegam mais cedo. Em 2017, um desses nomes é Bratislava.

Formado em São Paulo em 2010, o grupo promove um som contemporâneo ao misturar influências do Rock Alternativo e da música brasileira de hoje com uma bela vontade de experimentar – como vemos no disco Um Pouco Mais de Silêncio (2015). E a chance de tocar no festival veio simultânea à produção de seu próximo álbum, que “está ficando lindão”, como disse o guitarrista Alexandre ao Monkeybuzz.

Para o guitarrista e tecladista Victor, o evento será “um enorme ritual de passagem, o fechamento de um ciclo e a abertura do próximo”, já que abre o caminho para esse próximo lançamento. “Não tem palco nem show melhor pra gente fazer isso da maneira mais simbólica e explosiva”, diz o baixista Sandro.

O baterista Lucas garante que quem estiver lá para o show encontrará “entrega e muita energia”, com “emoção, momentos de brisa, momentos de dança, momentos de raiva, momentos de aconchego”, segundo Alexandre, que conclui: “Vai ser intenso!”.

Além de estar em cima do palco, os músicos que formam Bratislava aproveitarão o Lollapalooza Brasil 2017 para ver os outros shows do fim de semana. Eis o que eles contaram ao Monkeybuzz sobre alguns de seus companheiros de festival.

The xx

Victor: Tem elementos no som deles que eu gosto. O minimalismo, os sons miudinhos, delicados, a voz meio sussurrada. Mas alguma coisa bate meio errado em mim, não sei direito o que é. A música deles me transporta pra um lugar que não sei se eu pertenço ou reconheço. Imagino um casal de jovens milionários vivendo um romance em uma ~festa premium~. (risos)

Sandro: Eu gosto de ouvir o disco Coexist de manhãzinha, quando acordo e vou fazer café!

Cage the Elephant

Victor: Conheço pouco o Cage. Tem coisas neles que me lembram The Beatles… algo de The Black Keys também. É um som divertido, funciona muito na pista, na festa.

Sandro: Não piro muito não…Curto a energia do vocalista no palco, peguei um pedacinho do show deles no Lolla de 2014 e não me conquistou.

Criolo

Lucas: Escuto Criolo desde o tempo em que ele era Doido! Já vi diversos shows dele e é sempre muito vibe. Tenho grande admiração por ele como artista e nas idéias. Ele foi um abre-portas pro Rap!

Victor: Criolo é um artista foda, muito versátil e experiente, bate sempre com efeito. Na real queria até ouvir mais os sons novos, acho que ainda tô super ligado ao Nó na Orelha. Ouvi recentemente o Ainda Há Tempo e me soou muito bem, discão.

Sandro: Respeito e admiração pesados pelo trampo dele! Acho massa!

Victor: Eu adoro a MØ. Ela é pop e true, o som que ela faz é muito maneiro. Acho que a primeira vez que ouvi foi uma versão que ela fazia de Spice Girls. A música dela tocou no meu casamento. Sou fã, é um dos shows que mais quero ver no Lolla.

Alexandre: Conheço poucas músicas. Vi alguns videos e nao gostei muito da voz dela ao vivo, mas o som é massa!

Sandro: To curioso pra ver o show dela! A MØ é bem talentosa. #aquele-pop-que-você-respeita.

Céu

Alexandre: Céu é um delícia de ouvir. Quero muito ver o show dela no Lolla!

Victor: Ouço e acompanho a Céu desde o comecinho. Amo músicas dela como Comadi e Cangote, que são mais do começo. Daí no Caravana Sereia Bloom eu dei uma bodeada, achei chato esse disco dela. E quando tudo parecia perdido, Tropix veio maravilhoso. Discaço, acho muito bom. Aliás, o disco foi co-produzido pelo Hervé Salters, que tem uma banda foda chamada General Elektriks, e pra mim é fácil notar a mão dele no trabalho da Céu. Acho que contribuiu muito pra o som dela renascer com uma proposta nova, fresca, moderna.

Lucas: É um dos shows que eu gostaria muito de ver no Lolla. Não tive oportunidade de ver ainda um show do último disco, o Tropix. Foi um disco que eu fiquei bem ligado no ano passado!

Sandro: Perfume do Invisível do disco Tropix é uma das melhores músicas de 2016! Puta som lindo! Não vi show desse disco ao vivo e to felizão que ela toca no mesmo dia que a gente. Como diz um amigão meu: “A Céu é Musa!”

The Outs

Lucas: São nossos parceiros! Tocamos juntos ano passado e representam muito bem a música psicodélica nacional.

Victor: Gosto demais das harmonias vocais que eles fazem – e no show fazem mesmo, todo mundo é cantor bom na banda, todo mundo manda muito bem. Sobre isso que o Lucas falou, é massa, a gente vive atualmente um enorme renascimento da psicodelia no Brasil, com Boogarins, Bike, Tagore agora no disco novo dele… Acho que o surgimento (e a popularização) do rock aqui no país tá muito ligado à psicodelia, é bacana ver a estética se fortalecendo.

Sandro: Eles gostam de Oasis, eu gosto de Oasis. BFFs! (risos) Adoro as harmonias de voz também, acho foda!

BaianaSystem

Victor: Muito respeito. O som dos caras é denso e popular ao mesmo tempo, um caldeirão de repertório, de gêneros, de referências. Baianidade, brasilidade, latinidade… Uns sons começam com uma atmosfera pesadíssima e desembocam num tema super popular – e, por isso, acabam soando com uma cor muito legal, diferente. O Russo é monstro, baita compositor. Às vezes o som deles também me lembra O Rappa.

Sandro: Nunca vi ao vivo e mal posso esperar a hora de vê-los! Energia pesada nas músicas, acho o som bom demais!

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Autor:

Comunicador, arteiro, crítico e cafeínado.