Backup: Cage the Elephant

Grupo quebra o recorde de banda mais convidada para o Lollapalooza Brasil

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Foster the People, Planet Hemp, Criolo e Two Door Ciname Club – o que esses nomes têm em comum? Todos estão empatados em um segundo lugar na categoria “bandas mais escaladas para o Lollapalooza Brasil. O ouro fica empatado entre Diplo (que já tocou com Major Lazer e Jack Ü), Skrillex (também Jack Ü e duas vezes solo) e Cage the Elephant (única banda no topo do pódio), que retorna ao festival em 2017 para seu terceiro show.

Se os dois produtores têm seu lugar garantido principalmente pelo enorme sucesso que fazem com o público da Eletrônica de cunho mais popular, o quinteto norte-americano faz por merecer seu passaporte carimbado mais uma vez pela alta qualidade de seus shows.

O primeiro deles foi na edição de estreia do festival, em um já distante 2012. Sobre a apresentação no início da tarde, vale lembrar as primeiras palavras de Matt Schultz ao público, após voltar do mosh: “Eu nunca fui tão violentado em toda minha vida, e acho que alguém tentou roubar minha carteira” – revelando o clima da performance: “Caótico, frenético e cheio de energia, tudo que um bom show de Garage Rock tem que ter” (Resenha, abril de 2012).

A vez seguinte veio dois anos depois, no primeiro Lollapalooza no Autódromo de Interlagos, no meio da tarde de um Palco Onix cheio de gente para curtir o show à sua maneira, seja sentado no gramado de longe ou participando da festa propriamente dita ali em frente à banda.

“Matt mostrava que a relação da banda com o país era forte, exaltando o fato de que nós brasileiros temos um coração para a música e que isso vale muito. O público também respondia às demonstrações de afeto do vocalista à sua maneira: seja pelos gritos pedindo para Matt pular na plateia ou cantando mesmo as músicas mais lentas” (Resenha, abril de 2014).

Em 2017, Cage the Elephant retorna ao Brasil para mostrar o conteúdo de seu mais recente registro, Tell Me I’m Pretty, o que deve gerar novidades em seu concerto, embora, sabemos, a identidade da banda e aquilo que faz ela voltar sempre permanece intacta.

“Cage The Elephant, poderíamos dizer, renasceu com este novo álbum. Tem diversão garantida por aqui a ponto de satisfazer várias audições com fones de ouvido, combustível para dançar com sua cara-metade em várias situações, além de canções lentas e doidas para sonorizar sua ressaca ou preguiça (ou ambos?) em outras tantas situações. É como você estar sob um sol de quarenta graus e encontrar uma piscina com água fresca, gente interessante tomando drinks coloridos na borda e ser convidado para ficar por lá” (Resenha, janeiro de 2016).

Ao final da tarde do sábado, 25, fica a suspeita daquele enorme “obrigado, volte sempre” nos aplausos de um público que, muito provavelmente, já viu um dos outros dos shows mencionados aqui antes e voltou para mais ainda.

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Autor:

Comunicador, arteiro, crítico e cafeínado.