Experiência e frescor unem-se na tarde de domingo do Lollapalooza Brasil

Duran e Duran e MØ foram os destaques no segundo dia

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Fotos: Facebook oficial do evento

Céu

A cantora subiu ostentando uma roupa brilhante, assim como o clima de seu mais recente álbum, Tropix. Esse foi ainda o disco que deu a tônica da apresentação, que já começou com o single Perfume do Invisível.

A todo momento, a cantora interagiu com o público, seja com palavras ou com sorrisos e acenos. “Nunca vi tanta gente linda junta, está demais” ou “Viva a música brasileira!”, dizia Céu para conquistar ainda mais a simpatia do público que já começava a lotar o palco onde mais tarde passariam Two Door Cinema Club e The Strokes.

O set contou com faixas como Varanda Suspensa, Minhas Bics, Contravento, Comadi, Amor Pixelado, Etílica/Interlúdio, Grains de Beauté e Cangote, além de Malemolência e A Nave Vai, que surgiram ao fim da apresentação. “Muito obrigada ao Lollapalooza, mas, acima de tudo, a vocês, que fizeram tudo isso acontecer”, se despediu a cantora.

Vance Joy

O australiano James Gabriel Keogh, mais conhecido como Vance Joy abriu a safra de artistas estrangeiros no segundo dia do evento com um show entre o Folk e Pop bastante contagiante, por mais ao vivo as músicas fossem bastante similares entre elas.

Alguns fãs e vários curiosos pareceram se divertir num show conduzido por músicas animadas à la Mumford and Sons e baladas que também parecem vindas de algum desdobramento da mente de Marcus Mumford. A identidade da música Vance está em sua voz e, é claro, suas histórias de amor – puxada em coro alguns momentos da apresentação.

Rip Tide, seu maior hit, foi guardado para os momentos finais do set. Ao pegar seu ukele, a plateia já foi a loucura por saber que a música viria a seguir. Sem dúvidas, esse foi o momento mais interessante do show que ainda contou uma divertida versão de Cheerleader, de Omi, no ritmo do Pop Folk do músico escolhida para encerrar a apresentação.

Duran Duran

Que os veteranos sabiam fazer bons shows, creio eu, ninguém duvidava, mas que seria tão bom quanto foi, acho que poucos suspeitavam. Com hits de sobra, o grupo não se preocupou em já “gastar” dois logo de cara (Wild Boys e Hungry Like The Wolf).

Vestidos “à caráter”, o grupo comandou uma festa oitentista a céu aberto no meio de tarde do domingo. Uma festa dançante e que apresentou um bom número de hits, como A View To Kill, Notorius, Come Undone e Girls On Film, além das faixas tiradas do álbum Paper Gods, lançado em 2015, como Pressure Off e Last Night In The City. Apesar do atraso de quase dez minutos, o grupo conseguiu fazer um set redondo e bastante animado.

Céu, que havia se apresentado pouco antes, foi convidada a se juntar ao grupo para cantar Ordinary World. Apesar da emoção do momento (uma das faixas mais comemoradas pelo público), a execução deixou a desejar faltando um pouco mais de sincronia entre a cantora e o grupo.

A jovem cantora dinamarquesa fechou o fim de tarde com uma apresentação para poucos, mas animados, fãs. Com um show intenso e curto, a artista teve quase uma hora para mostrar o repertório de seu disco de estreia, No Mythologies to Follow, de 2014, dono dos hits Maiden e Pilgrim (um de seus primeiros singles na carreira e bastante aplaudido pelos presentes), além dos novos singles lançados em 2016, Kamikaze (um dos pontos mais dançantes do show) e Final Song.

Com um público jovem, a cantora disputava a atenção para celulares dos espectadores que registravam o show ou a si mesmos “curtindo” a apresentação. Ainda assim, a dança que vinha de cima do palco contagiou quem assistia os passos desajeitados da cantora que se movimentava o tempo todo, pulando para cá e para lá e ainda descendo do palco para cumprimentar o público em diversas oportunidades.

As parcerias que trouxeram reconhecimento do grande público vieram só ao final do show, mas não faltaram. Ela fez uma versão acústica de Cold Water (recente single do trio Major Lazer), além de Don’t Leave, música lançada em parceria da dupla Snakehips. Lean On (também de Major Lazer), de longe a música mais comemorada do set, fechou seu show de forma apoteótica. Com um sorriso estampado no rosto e muitos agradecimentos, MØ saiu do palco sob aplausos e juras de amor com público, que respondia os berros de “Eu amo vocês” da cantora ao fim da apresentação.

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Apaixonado por música e entusiasta no mundo dos podcasts