Albert Hammond Jr. Transportou Os Fãs para O Início dos Anos 2000

Guitarrista de The Strokes fez show consistente que englobou o que há de melhor em sua carreira solo

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Fotos: Lollapalooza/I Hate Flash

Em um momento que o Rock tem vivido tantos resgates de vertentes populares no estilo há 20, 30, 40 anos, parece impossível assistir hoje a uma apresentação que pareça anacrônica. No entanto, este foi o caso do show de Albert Hammond Jr., mais conhecido como guitarrista da banda The Strokes, mas que já construiu uma discografia solo consistente durante a última década.

O Garage Rock com roupagem do início dos anos 2000 transportava nostalgicamente alguns ouvintes para esse período, mas para os que ainda continuam com The Strokes, Arctic Monkeys e derivados a todo vapor em suas playlists, estava tudo perfeito. Nas canções com uma estrutura mais Pop e com refrão bom de cantar como Back To The 101, a banda mostrou uma sincronia irretocável e boa de ouvir e em outras mais aceleradas como Carnal Cruise, entregaram a atitude que sempre conquistou os fãs do estilo.

No geral, apesar de não ter contado com muitos momentos surpreendentes ou acima da média, Albert Hammond Jr. entregou uma apresentação completa, que englobou o que há de melhor em sua carreira solo e deixou de lado – como já se esperava – as músicas de sua mais famosa banda, o que frustrou alguns fãs que por algum motivo ainda tinham esperanças de ouvir algum hit de The Strokes ou até mesmo algo como Automatic Stop, co-escrita por ele. Os pontos altos foram bem claros nas faixas mais conhecidas como In Transit, Born Slippy e St. Justice.

Os poucos fãs do músico que ficaram lá cantando do começo ao fim e não seguiram a maioria que ao longo da apresentação foi se deslocando para o show de Alabama Shakes, não tem do que reclamar. Aqueles que queriam um momento para relaxar e apenas ouvir Rock de qualidade com tranquilidade também curtiram e quem sabe, até se interessarão mais a partir de agora pelo trabalho solo de Albert Hammond Jr. Um show que provavelmente não será lembrado na história do festival, mas que terminou com saldo positivo pra quem esteve presente.

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Autor:

Nerd de música e fundador do Monkeybuzz.