Melhores Shows do Pitchfork Festival

Em um festival recheado de ótimos nomes, esta é uma pequena lista das maiores e mais inesquecíveis apresentações deste ano

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Fotos: Foto por Matt Lief Anderson

(Não deixe de ver também a nossa cobertura do que rolou no no Instagram (@monkeybuzz_))

Sun Kil Moon

Não tem jeito: a força, o peso e a emoção das canções de Sun Kil Moon são impressionantes. Toda aquela carga sentimental de Benji é multiplicada com a concentração de Mark Kozelek no palco, a sinceridade que ele passa ao cantar cada palavra e a conexão que consegue criar com o público.

Foi curioso comparar dois shows em ambientes tão diferentes. No SXSW, a apresentação foi durante a noite, em uma igreja, com no máximo 40 pessoas sentadas, numa acústica perfeita, com as luzes apagadas compondo um momento inesquecível. Nesta edição do Pitchfork Festival pudemos sentir de forma mais orgânica a beleza de suas canções, sem dúvida um dos shows mais emocionantes do final de semana.

Beck

Clássico atrás de clássico – foi assim que Beck encerrou o primeiro dia de festival. O que mais impressiona é sem dúvida assistir em pouco mais de uma hora toda a versatilidade da obra do músico que vai do Folk ao Eletrônico, do Hip Hop ao Rock em questão de minutos, o que torna o show divertido e muito agradável de assistir.

O americano fez uma das maiores produções do festival, com uma grande banda o acompanhando, muitas luzes e um telão. Os pontos altos foram Devil’s Haircut, Loser e Lost Cause.

Neutral Milk Hotel

Toda a lenda que envolve Neutral Milk Hotel continua existindo mesmo após a emocionante apresentação da banda no Pitchfork Festival. Jeff Mangum desligou os telões, limitou os fotógrafos e manteve aquele clima misterioso que acompanha os fãs da banda que produziu a obra-prima In The Aeroplane Over The Sea.

O clima era uma mistura de incredulidade, histeria e a sensação de que muitos ali estavam provavelmente riscando um dos primeiros itens de uma lista de coisas para fazer antes de morrer. A potência vocal de Jeff Mangum é surpreendente e a banda toda tem um talento ainda maior do que o que podemos perceber no disco. Não pareceu de forma alguma um show feito de qualquer jeito apenas para agradar os fãs, o show foi caprichado, emocionante e não deixou nenhum grande clásssico de fora.

Deafheaven

Você pode estar mais por dentro ou por fora do Metal, mas um fato é que o disco Sunbather, da banda Deafheaven foi bastante responsável pela popularização recente do Black Metal entre fãs de música alternativa em geral.

No show, fica muito evidente um dos principais motivos desta aproximação. Deafheaven soa mais como uma banda de Shoegaze do que de Black Metal, a sujeira instrumental com aquela melodia delicada bem no fundo da barulheira toda hipnotiza o público. De fato, sendo ou não fã de Black Metal ou de Deafheaven, assisti-los ao vivo é uma experiência sublime, um dos melhores shows que vi nos últimos tempos.

Slowdive

Assim como a apresentação da banda Neutral Milk Hotel, o show dos ingleses da Slowdive foi um dos momentos mais emocionantes do festival. Assistir a toda aquela experiência executando um Rock belo, seguro e intenso foi uma oportunidade rara.

A banda transpira talento e experiência e o show é bastante delicado, ficando mais pro lado do Dream Pop do que do Shoegaze, nos fazendo sonhar acordados com aquela cara de quem está vivendo um momento histórico e com vontade de aproveitar cada segundo. Só para entenderem que não é nenhum exagero, acabei perdendo a primeira faixa do show e não consegui parar de pensar nisso até agora. Sem dúvida uma banda que conseguiu me conquistar através de seu show e que passarei a ouvir muito mais a partir de agora.

Twin Peaks

Não adianta, estou mesmo encantado com os garotos da Twin Peaks. É uma grande responsabilidade colocá-los nesta lista junto com os nomes acima, mas eles realmente conseguiram fazer aquilo que se espera de um show de abertura de um belo dia de festival. Animados, confiantes e talentosíssimos, os garotos de Chicago conseguiram conquistar uma boa quantidade de novos fãs durante o festival.

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Autor:

Nerd de música e fundador do Monkeybuzz.