Mumford and Sons Mata Sede de Folk de um Imenso Público

Canções mais antigas do quarteto marcaram presença em peso em sua primeira vez no país

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Com seis anos de “atraso”, Mumford and Sons encantou uma grande plateia na colina diante do Palco Onix no Lollapalooza Brasil 2016 em um show que fez seu melhor para compreender três discos em cerca de uma hora e meia de apresentação.

Os primeiros acordes de Babel geraram olhares e gritos entre um público que em parte vibrava com a música e, ao mesmo tempo, mal podia acreditar que o show estava finalmente acontecendo. Não demorou nada e o primeiro disco foi referenciado com o hit Little Lion Man. Só essas duas juntas já foram suficientes para a multidão entender o tom que a noite teria.

The Cave, Lover of the Light e I Will Wait dividiram espaço com as novidades do grupo presentes em Wilder Mind (2015), músicas que, mesmo quando menos celebradas que as mais antigas, foram sempre muito bem recebidas pelo público, com destaque para a faixa-título e o novo hit, The Wolf.

Há sim uma grande mudança de clima sempre que os instrumentos eram trocados no palco para darem conta dos diversos períodos da carreira do quarteto – uma coisa é ouvir o Folkzão de Roll Away Your Stone e outra é escutar o Rock contemporâneo de Tompson Square Park -, mas nada que atrapalhasse a noite. No balançar desse pêndulo, Dust Bowl Dance, do primeiro disco, brilhou com uma improvável função unificadora.

No mais, a sequência Believe e Ghosts that We Knew rendeu um dos momentos mais bonitos de todo o fim de semana, com os celulares ligados iluminando o mar de gente que tomava conta do gramado em frente ao palco. Uma cena clichê, mas digna de coroar uma noite aguardada pelos fãs há tanto tempo.

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Autor:

Comunicador, arteiro, crítico e cafeínado.