Passion Pit contorna problemas no som para fechar a noite no horário nobre

Michael Angelakos e sua turma fizeram um dos shows mais animados da sexta-feira e, apesar dos problemas, conseguiram conquistar o público

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Fotos: Fernando Galassi / Monkeybuzz

Bons shows são aqueles que conseguem te apresentar mais do que é visto no disco. Bons álbuns não rendem necessariamente boas apresentações, mas às vezes discos não tão bons assim conseguem ser transformados em performances ao vivo incríveis. Esse é mais ou menos o resumo da apresentação de Michael Angelakos e companhia, que conseguiram contornar os problemas de som e o barro que dominava o Palco Alternativo para apresentar as músicas de Gossamer, seu mais recente disco.

O show, apesar de alguns problemas de som, correu muito bem e chamou o público que ainda estava assustado com a apresentação de The Flaming Lips ou estava ali para esperar The Killers.

Apresentando diversos momentos, desde os mais inquietos e dançantes, regados a muitos sintetizadores e batidas frenéticas, até as baladinhas românticas cheias dos falsetes de Angelakos, o espetáculo fechou muito bem as atividades do primeiro dia no Palco Alternativo.

Essa diversidade maior deixava suas faixas ainda mais intensas e contrastantes e, ao que parece, esta segunda apresentação do grupo pelo país foi muito mais completa que sua passagem no Planeta Terra de 2010, já que agora suas músicas conseguem contemplar mais destes momentos e se apoiar menos nos hits.

Ainda assim, eles não faltaram, Seja I’ll Be Alright, Take A Walk e Carried Away, de Gossamer ou The Reeling, Moth’s Wings e Sleepyhead, de Manners (2009), eles apareciam a todo o momento, mas com um belo recheio entre uma e outra, contemplando faixas não tão bombadas, mas que funcionavam exemplarmente no show. Baladinhas como Constant Conversations ou a dançante Cry Like A Ghost foram os destaques do show, mesmo não sendo cantadas e comemoradas como os hits.

Uma das surpresas da noite ficou por conta de American Blood, faixa-bônus de seu novo disco que muita gente ali, até mesmo alguns fãs, não conheciam. É claro que isso não impediu ninguém de sair dançando. Outra surpresa que merece um destaque é o baterista Dave Donmoyer que conseguia imprimir uma boa cadência em seu instrumento e criava algumas quebras no ritmo que empolgaram bastante o público (principalmente na frenética I’ll Be Alright, faixa que abriu a apresentação).

O saldo final foi mais que positivo e, mesmo com os problemas de som (uma constante em grande parte das apresentações que ocorreram naquele palco), Passion Pit conseguiu conquistar o público, seja o seu próprio ou os curiosos que vinham se juntar a quem já estava dançando ao animado som de Angelakos e sua turma.

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ARTISTA: Passion Pit

Autor:

Apaixonado por música e entusiasta no mundo dos podcasts