Spotify, serviço de streaming, chega ao Brasil

Depois de muita espera, empresa busca democratização da música e o combate à pirataria

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Em coletiva de imprensa hoje em São Paulo, Gustavo Diament, gerente geral do Spotify na América Latina anunciou a chegada da empresa ao Brasil acompanhado de artistas como Marcelo Jeneci, Fernanda Takai, Gaby Amarantos e Gilberto Gil, em vídeo. Para quem não conhece, a empresa oferece streaming de música gratuito, acompanhado de propagandas, ou também a conta premium, sem o incômodo da publicidade, com uma qualidade de áudio superior e possibilitando o download das faixas para o celular. A audição pode ser feita online ou através de aplicativos disponíveis para as mais diversas plataformas.

O serviço ganhou bastante popularidade por ser pioneiro dentro deste modelo de negócios, mas, com o passar dos anos ganhou novos concorrentes como Deezer, Rdio e com outros não tão semelhantes, mas também buscando o mesmo público, como Pandora, Google Music e iTunes Radio. No Brasil, a empresa demorou para chegar, já encontrando a concorrência de alguns bem estabelecidos como os dois primeiros citados.

Durante a coletiva, Diament focou bastante na importância da escala para o sucesso do Spotify, apresentando números impressionantes como 40 milhões de usuários no mundo, um quarto deles pagantes, um bilhão de dólares pagos aos artistas, metade disso apenas no ano passado, mais de 30 milhões de músicas em seu catálogo e um bilhão de playlists criadas, estas que são um dos grandes focos da empresa que possui um sistema de recomendações bastante eficiente. Anunciou também que no Brasil, apenas nas últimas semanas em que um pré-cadastro para acesso antecipado estava disponível no site, foram recebidos 400 mil pedidos e 200 mil downloads de seus aplicativos.

Segundo eles, o maior desafio da empresa no Brasil é combater a pirataria, oferecendo esta opção legalizada de ouvir música de graça ou pagando muito pouco. O gerente contou também que, segundo pesquisas, o streaming incentiva outras formas de consumo de música, como produtos relacionados a um artista, shows ou até mesmo o próprio disco físico. Eles pretendem, portanto, aumentar a pequena base de usuários de streaming no país e não necessariamente tira fatias de mercado de seus concorrentes.

Para os fãs de música, o Spotify chega como uma nova alternativa de serviço de streaming, que caminha para ser essencial para o futuro da indústria fonográfica. Como estratégia, eles pretendem focar na diferenciação por conteúdo, ou seja, na curadoria de sua biblioteca de músicas e também na ubiquidade, estando presente em todas as plataformas, para todos, em qualquer lugar, a qualquer hora, com um grande foco em dispositivos móveis, essencial para países emergentes como o Brasil, principalmente com a popularização dos smartphones.

O serviço já está disponível gratuitamente e a opção premium, no momento, custa US$ 5,99 com cartão internacional, mas a empresa pretende em breve passar a cobrar em reais, convertendo o valor para R$14,90 aceitando outras formas de pagamento.

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MARCADORES: Streaming

Autor:

Nerd de música e fundador do Monkeybuzz.