Ouça: Aloizio

Com som denominado “música quase popular brasileira”, banda merece destaque

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Há grandes chances de você já ter ouvido falar de Aloizio antes, principalmente se for alguém que acompanha o que é feito no “lado-B” do Brasil hoje em dia – seu primeiro disco solo, Esquina do Mundo, foi inclusive muito bem falado em 2015. Mas, com licença, não é com você que quero falar agora. Dirijo a palavra àqueles que caíram aqui neste texto por algum motivo e, em um contexto cheios de lugares comuns, não sabem o que é a música essencialmente brasileira e igualmente contemporânea hoje.

Ele mesmo brinca que faz “música quase popular brasileira”, uma definição que vou querer usar mais daqui pra frente. É aquele som que você, nascido e criado no país, entende como particular da terrinha, enquanto um gringo chamaria de “exótico” e veria apenas um conteúdo “étnico” aliado às guitarras do Indie.

Aloizio – o cara que dá nome à banda – foi criado em Brasília e mora em São Paulo, com um passado que compreende Samba, Pop e Blues até encontrar sua musicalidade (que, de certa forma, não abandona nenhum dos três gêneros). Em formato de quinteto, o grupo deve agradar quem gosta de nomes como Maglore, lembrando um pouco o Gram do primeiro disco quando fica mais Rock, além de poder ser colocado lado a lado com diversas bandas desse esquema pós-Los Hermanos.

Com arranjos caprichados e uma personalidade múltipla que tem muito a ver com a música brasileira hoje (lembra do termo Pós-MPB?), Aloizo tem tudo para continuar uma carreira de destaque e ser mais um dos muitos dignos ícones da nossa música em nosso tempo.

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ARTISTA: Aloizio
MARCADORES: Ouça

Autor:

Comunicador, arteiro, crítico e cafeínado.