Ouça: Noga Erez

De passagem pelo Brasil, artista israelense comprova talento e boa musicalidade Eletrônica

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Não é sempre que um artista novo consegue uma turnê de cinco shows pelo Brasil, mas o som da israelense Noga Erez justifica sua passagem por três estados, incluindo duas apresentações nos Jogos Olímpicos.

As coisas têm acontecido de forma muito rápida para ela nos últimos meses, sobretudo após sua apresentação no renomado Primavera Sound Festival, o que conta muito para qualquer músico do cenário alternativo. Há poucos dias, ela assinou também com o selo City Slang, que possui de Gold Panda a Arcade Fire no catálogo. Tudo isso veio de forma mais orgânica, sem “bombar” necessariamente em uma rede ou algo do tipo, fruto apenas de trabalho muito bem feito e cheio de personalidade.

Em entrevista ao Monkeybuzz por telefone, ela comentou sobre a formação mostrada nos vídeos de sua série Pool Sessions, a mesmo com que se apresenta no Rio (o primeiro show foi no dia 8 e o segundo é na quarta, 10): “Temos um som bastante expansivo e já tocamos em palcos grandes e pequenos, acho que ele combina bem com os maiores, mesmo tocado em um formato compacto de duo”.

Os shows no Paraná (Curitiba, em 11 de agosto) e São Paulo (na capital no dia 13 e em Piracicaba no dia seguinte) verão a artista em formato solo, como não se apresenta há um tempo. Neles, ela comandará uma versão mais Eletrônica de sua apresentação, já que seu baterista não estará presente.

Sobre seu diferencial, ela comenta que “a questão está na bateria”, que “estamos acostumados a ver teclados e sintetizadores no palco, tantos sons saindo deles, mas com a percussão, a mudança do acústico para o eletrônico, mesmo com o uso de pads, os elementos acústicos da bateria ainda permanecem”, o que causa um preenchimento sonoro diferente ao lado dos beats – Mahmundi e Jaloo, por exemplo, que o digam.

Ao mesmo tempo, ela afirma que “você pode se basear nos elementos acústicos para a percussão, mas você pode também expandir isso muito mais com os elementos eletrônicos”. Noga comenta também que a opção de ter os pads e beats é uma questão estética, mas também um tanto funcional: “Eu crio minha música no computador, então quero que os sons que eu faço com samplers e gravações sejam os mesmos que eu reproduzo no palco, e esses instrumentos são os que trazem esses sons”.

Não há como falar de Noga Erez também sem citar seu aspecto vocal, que confere ainda mais humanidade às suas composições, tanto quanto a atmosfera sintetizada. Outra boa notícia, além dos shows no Brasil, é que ela afirma que já tem seu primeiro álbum quase pronto, com lançamento ainda não marcado, mas que não deve demorar a acontecer. “Por mim, lanço o quanto antes”, conta.

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ARTISTA: Noga Erez
MARCADORES: Ouça

Autor:

Comunicador, arteiro, crítico e cafeínado.