Alfa Mist é outro nível, ok? Preciso que você saiba disso antes do play.
O produtor de Londres mistura musicalidades vindas de diferentes ambientes sonoros – do Jazz refinado ao teor urbano do Hip Hop – em faixas que vão te fazer querer ouvir seu trabalho o dia inteiro. É a timbragem, é a dinâmica das composições e todo um flow presente em músicas com ou sem vocais que impressionam pela qualidade e contextualizam sua obra como pertencente ao nosso tempo.
Ele ficou conhecido por fazer parte de uma cena londrina que conta com nomes como Tom Misch, Jordan Rakei e Barney Artist, músicos que fazem um som inspirado em vertentes do Soul e R&B com um sabor bastante contemporâneo. Foi nesse universo que ele já colocou no mundo dois discos: Nocturne (2015) e Antiphon (2017).
O mais recente é descrito como “uma conversa com seus irmãos” que mistura “a harmonia do Jazz melancólico com o Soul e o Hip Hop alternativos”. Ou seja, Antiphon tem altas chances de agradar quem segue o que gente como Anderson .Paak, Kamasi Washington e BadBadNotGood tem trabalhado nos últimos tempos.
Imersivo, cativante e, acredite, viciante, o som de Alfa Mist consegue ainda ser acessível a públicos não muito familiarizados com o Jazz, o que será para muitos sua principal característica. Dê uma chance aos seus discos, mas se prepare para não querer ouvir mais nada por um tempo.