Quando dizem que a o bairro nova-iorquino do Brooklyn é a Meca do Indie Pop, não é à toa. De lá, nos últimos anos brotaram inúmeras bandas boas e a fonte parece estar longe de cessar. E por mais que os membros da Salt Cathedral não sejam de lá (e na verdade há uma salada de localidades dentro da banda, sendo dois músicos cada um de um canto dos Estados Unidos, dois colombianos e um canadense), foi no lá onde montaram sua base e começaram a se projetar no tão disputado cenário Pop.
Por mais que a banda já esteja junta desde 2011, o nome Salt Cathedral só foi adotado no começo deste ano (substituído o antigo, Il Abanico). Explicar todo esse background se faz necessário para tentar entender um pouco da sonoridade hibrida das nacionalidades e diferentes lugares de onde cada membro do quinteto veio. Juntando elementos do Pop, é claro, às estruturas e guitarras do Math Rock e ao grande senso percussivo da América do Sul, o resultado é algo realmente surpreendente e por mais que pareça ser (estilisticamente) bagunçado faz todo o sentido quando chega aos ouvidos.
Por mais que uma faixa siga mais o caminho das excentricidades do Math Rock, outras vão para o lado mais Pop, seja pelo vocal ou pelas melodias mais simples e mais fáceis de seguir. Caso de Take Me To The Sea, que se constrói a partir de elementos já difundidos na música Pop atual – como as guitarras de bandas como Foals ou Bombay Bicycle Club ou com percussão de Poliça ou Dirty Projetctors, sem contar ainda o ótimo uso dos sintetizadores na faixa.
Além destas faixas já apresentadas, o grupo promete mais algumas inéditas em seu primeiro EP, autointitulado e esperado para 30 de julho, que além destas influências já citadas de apresentar mais algumas, como Jazz e Rock Progressivo. No que isso vai dar eu não sei, mas certamente o grupo terá pelo menos três ótimas faixas neste debut e um futuro promissor pela frente.
