Matheus Brant – Assume que Gosta

Faixa-título de segundo álbum do cantor mineiro aponta ótimos horizontes em sua obra

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A melhor música brasileira hoje é assumidamente popular, com tudo o que esse significado carrega. Tem a ver com a herança de tudo o que o “MPB” construído pela indústria nos deixou e com a tradição já quase folclórica dos temas, maneirismos e – principalmente – malemolências encontrados nessas produções.

É esse o teor de Assume que Gosta, faixa que intitula o segundo álbum do cantor belorizontino Matheus Brant. Com produção da dupla Fábio Pinczowski e Mauro Motoki, o que ouvimos é um som que faz-se contemporâneo ao olhar sem medo para o que foi produzido nos últimos trinta anos para as rádios e tevês e extrair dele aquilo que há de melhor.

“Às vezes me bate a saudade/de a gente ouvindo aquele axé antigo/é bom/lembrar de você/marrom/ a cor do seu corpo sobre o meu”, canta ele sobre uma cama de sintetizadores – um som referencialmente romântico para a década de 1980 com a malandragem do pagode da década seguinte presente no conteúdo, da ginga ao “marrom”.

Sem pressa para acabar, a faixa corre por quase quatro minutos com pequenas surpresas, repetições e vontade de dançar de corpo colado. Conteúdo do bom, produção de primeira e um bom uso do repertório popular sem cair nos lugares comuns de lado nenhum; Um belo abre alas para o disco, que chega em 26 de janeiro.

Matheus Brant – Assume que Gosta

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ARTISTA: Matheus Brant
MARCADORES: Ouça

Autor:

Comunicador, arteiro, crítico e cafeínado.