.jpg)
Alvvays é mais um bom exemplo da geração de bandas pós Belle And Sebastian que aprendeu a tirar dos fatos aparentemente banais do cotidiano e das pequenas tristezas da vida social a sensibilidade extrema que é matéria prima de suas composições. Músicas que narram as dificuldades diante dos obstáculos sociais vividos por jovens introvertidos, e que, ao mesmo tempo, encontram no contraponto de seus arranjos doces e de suas melodias animadas a essência de sua música e, consequentemente, de seu estilo de vida.
Em seu primeiro e homônimo álbum, Alvvays, o grupo soa muito (muito) próximo da banda de alma vintage escocesa Camera Obscura graças, principalmente, ao timbre da vocalista Molly Ranking. A doçura melancólica que encontramos remete, além do já citado Belle And Sebastian, ao mesmo espírito blasé de Cate Le Bon e à mesma sensibilidade irônica (quase displicente) de encarar a vida cotidiana de Courtney Barnett em seu The Double EP: A Sea of Split Peas. Além disso, os temas vindos diretamente da transição dos vinte e poucos anos, somados às linhas de guitarra cheias de reverb, nos fazem pensar em certo frescor e ingenuidade do Beach Punk, como se estivéssemos encarando alguma faceta mais inocente de Warpaint.
. O grupo, embora seja liderado por Molly Rankin, que já possui um EP que se apresenta muito mais bucólico que o presente, e seja prozudo por [Chad VanGaalen](http://wordpress-214585-650819.cloudwaysapps.com//artistas/3449/chad-vangaalen/), se posta mais ao lado das guitarras e dos sintetizadores do que dos violões. Animado, doce e sensível, a estreia homônima de Alvvays pode muito bem estar na sua lista de preferências, seja você fã da geração descendente de Belle And Sebastian ou da nova onda Beach Punk que preenche boa parte da parcela da música Indie contemporânea. 
