Resenhas

Prawn – Kingfisher

Revival Emocore continua produzindo bons exemplos

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Ano: 2014
Selo: Topshelf Records
# Faixas: 10
Estilos: Emo, Emo Revival, Emocore
Duração: 39:30
Nota: 3.0
Produção: Gregory Dunn

Há menos de um mês, escrevi sobre o lançamento de Dikembe, intitulado Mediumship. No texto eu dizia que o Emocore, apesar da polêmica que sofreu no início dos anos 2000, conseguiu superar a própria crise e renascer aos poucos num cenário muito favorável e promissor, que traz em muito material inédito uma espécie de releitura do que aconteceu de melhor durante a década de 90 com o estilo. Ao menos, é essa minha impressão, e, de qualquer modo, os artigos sobre o assunto – que já foi bastante discutido por aqui- , não me deixam mentir. Temos, por exemplo, este que questiona a volta do estilo justamente nesse momento, e este outro, que discute as imposições dos rótulos e as variações de comportamento que acompanharam o gênero.

Pois bem, neste mês é chegada a hora de Prawn, grupo também americano, apresentar sua estreia, intitulada Kingfisher. Carregando o que há de melhor no exemplo anterior, Kingfisher também sabe aproveitar-se das dinâmicas (a transição de climas do “final do lado A” com Old Souls e o “início do lado B” com Glass, Irony, é bem construída), dos timbres limpos de guitarra e fugir ao óbvio explosivo que tanto se vê e, assim, consegue se destacacar em meio à maré de inúmeros representantes do Emocore, todavia não ofereça nada de necessariamente novo na estética de seu trabalho.

Embora não haja nenhuma novidade aqui, parece ser justamente a ausência de excentricidades o mote desses jovens, numa espécie de esmero com a fórmula que resolveram utilizar. Fazendo parte da verve de artistas sob a tutela do selo Topshelf Records, um espécie de celeiro para a música Emo norte americana, que ostenta um catálogo que abranje dos exemplos mais inventivos até aqueles que seguem fielmente o rótulo auto-imposto, Prawn (ao menos na sua estreia) faz justamente da “pureza” estilística a sua maior qualidade (assim como era de regra com as bandas variantes do Hardcore lá nos entornos da década de noventa). Se você gosta de Emo (o “verdadeiro”, como dizem por aí), já pode dar o play.

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ARTISTA: Prawn
MARCADORES: Emo, Emo Revival, Emocore

Autor:

é músico e escreve sobre arte