Resenhas

Fixers – We’ll Be The Moon

Depois de dois ótimos EPs, o primeiro disco da banda une o som Pop Psicodélico ao Avant Garde com tendências comerciais e deliciosamente dançante

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Ano: 2012
Selo: Vertigo Records
# Faixas: 11
Estilos: Dream Pop, Experimental, Pop Psicodélico
Duração: 44:05
Nota: 3.5
Produção: Nathaniel Lennox Jr.

A cada dia parece brotar mais bandas de Dream Pop, mas, em meio de tantas, a Fixers é uma que não poderíamos ignorar. O quinteto faz um som facilmente assimilável com toques de psicodelia que, no fim das contas, o torna deliciosamente Pop e inofensivo, porém ótimo.

Em We’ll Be The Moon, se consegue notar diversas influencias contemporâneas, como Animal Collective, Panda Bear e MGMT, e ainda um pouco do Shoegaze trazido da década de 90. No meio do experimentalismo, há também a vibe ensolarada de Brian Wilson e seus Beach Boys, fazendo uma espécie de som Avant-Garde com impulsos comerciais e facilmente deglutível.

Depois de alguns anos lançando bons EPs e singles, a banda lança seu primeiro disco provando que a psicodelia não precisa necessariamente recorrer ao saudosismo e à mania retrô que impera no estilo.

O quinteto abre este trabalho com uma (não tão) velha conhecida, Majesties Ranch (tirada do EP que precede o lançamento do álbum). Com a forte presença de sintetizadores e um vocal assumidamente radiofônico de Jack Goldstein, a música já aponta os caminhos que o disco vai seguir. Iron Deer Dream parece uma mistura da chillwave com ecos do experimentalismo do Animal Collective, uma mistura que gera uma música deliciosamente dançante, enquanto a colorida Crystals explode em vários em diversos momentos com suas guitarras agitadas e uma bateria hiperativa.

O disco acaba revelando um lado fetichista por sonoridades vintage em Really Great World e Good Night, que exibem harmonias adocicadas que lembram o Beach Boys, principalmente a segunda, que leva um clima californiano ensolarado, apesar do nome, mas são as duas únicas faixas que carregam esse tom saudosista.

Em seu disco de estreia, a Fixers traz uma mistura de diversos elementos, mostrando uma banda que consegue se aventurar por terrenos do Avant-Garde e Psicodélico sem perder de vista o Pop e sem apelar para a moda retrô.

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Autor:

Apaixonado por música e entusiasta no mundo dos podcasts