“Supermoon” é o fenômeno que faz com que a lua pareça maior quando observada da terra a olho nu. Supermoon é também como S.Carey chamou o EP que traz quatro versões alternativas de músicas presentes em seus dois álbuns e duas inéditas (uma original e uma cover) para dar ao público uma nova perspectiva do seu trabalho.
Os novos arranjos parecem priorizar as composições em si. Gravavadas ao vivo de uma só vez em agosto (não por acaso, uma noite de Supermoon), elas trazem o músico (conhecido por ser baterista no projeto Bon Iver) principalmente ao piano para reforçar sua identidade como criador de melodias melancólicas de beleza ímpar.
As seis faixas possuem menos timbres do que os ouvidos em seus dois álbuns (All We Grow, de 2010, e Range of Light, de 2014), daí uma percepção expandida para as linhas melódicas e belas frases musicais que Sean Carey escreve. É interessante como ele cria uma ambientação de local fechado – quase dá pra ouvir as quatro paredes segurando o som ao longo das faixas -, o que reforça a sensação de intimidade com o ouvinte.
A cover de Radiohead que encerra o disco, Bullet Proof. I Wish I Was, vem como uma licença poética do artista para trazer à tona uma de suas referências, ao mesmo tempo que reconstrói a faixa dentro da estética que domina o EP. Como a lua em um formato maior, mais fácil de ser percebida, Supermoon nos dá a chance de admirar um talento fenomenal sob uma nova ótica.
