Resenhas

Swim Deep – Mothers

Quinteto experimenta estilo Psicodélico em álbum vaidoso

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Ano: 2015
Selo: RCA Records
# Faixas: 11
Estilos: Rock Psicodélico, Beach Punk, Dream Pop
Duração: 50
Nota: 3.0

One Great Song And I Could Change The World é a faixa que abre de forma emblemática o novo álbum do grupo inglês Swim Deep. Enquanto acena para o passado da banda e faz o link entre Where The Heaven Are We e o novíssimo Mothers, a faixa invoca um espírito ambicioso e provoca uma transição gradativa entre o antigo espírito lânguido do Beach Punk e a nova efervescência psicodélica que dá o tom à nova fase.

O quinteto (formado por Austin Williams, Tom Higgins, Zachary Robinson, Cavan McCarthy, James Balmont) parece ter consciência da qualidade impressa em seu novo trabalho e, assim, podem até soar cheios de pretensão (como revela o nome do trabalho, uma homenagem às forças criativas da natureza, assim como da primeira faixa, citada no começo deste texto), embora indiquem um espírito jovem, livre, criativo e despreocupado.

A “unidade” que provoca a coesão de Mothers é justamente sua dinâmica e mutabilidade. Aqui, os estilos e climas oscilam tanto quanto as ondas de seus pedais phasers. Por isso, temos o mesmo Surf Punk vindo de seus conterrâneos de Childhood em Lacuna, a mesma esquisitice psicodélica de Connan Mockasin ou mesmo a herança direta de Screamadelica de Primal Scream, de Stones Roses em seu álbum homônimo e até uma experiência Acid House em sua faixa de encerramento Fueiho Boogie.

Swim Deep parece ter certeza de ter atingido o ápice de sua carreira já no segundo álbum. Discordo. Aqui, parece que todos os testes e liberdades servem a um propósito experimental de trazer o quinteto a uma qualidade ainda mais consistente.

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Autor:

é músico e escreve sobre arte