Tereza é uma dessas bandas com poder de sintetizar o que aconteceu, ou o que acabou de acontecer, no “meio” musical vigente – no caso, principalmente o “lado-B do mainstream”. Pra Onde a Gente Vai, seu segundo álbum, segue esse seu talento aliado ao bom humor de sempre.
Inegavelmente divertido, o disco mistura guitarrinhas meio Indie, meio Funk (aquele clima Get Lucky que conhecemos tão bem) para animar a festa tropical com sotaque carioca entre músicas prontas para propagandas na TV (como a faixa-título) e um “mais do mesmo” sempre bem vindo dentro do estilo, como Não Sei e Intrusa, que mostram como o quinteto é fluente em fazer o público dançar sorrindo.
Fica menos interessante quando assume mais pose, como em Dj e Pistão (embora as guitarras mais pesadinhas nessa última sejam uma boa escolha), mas, no geral, o que se leva de Por Onde a Gente Vai é o clima leve que deve render mais bons shows e clipes (duas coisas que a banda já provou fazer muito bem).
No cardápio que a música brasileira oferece hoje, Tereza é aquele fast-food que você consome não por falta de opção, mas porque a satisfação é garantida. Divirta-se.
